Estudos demonstram que a acupuntura tem repercussão nos níveis de dopamina no sistema nervoso central, inibindo os sintomas de abstinência. Também aumenta os níveis de endorfinas e regula o sistema nervoso simpático, permitindo reduzir o desejo de fumar e controlar a ansiedade associada à dependência tabágica. A acupuntura regula ainda o apetite ajudando a prevenir o ganho de peso e pode ter, também, um efeito de rejeição tabágica. Alguns pacientes que se submeteram a estudos referem que o tabaco passa a ter um sabor metálico.
«A taxa de sucesso ronda os 75%, isto é, três em cada quatro pacientes que recorrem à acupuntura para deixar de fumar, conseguem libertar-se do vício», garante Artur Morais, médico acupuntor e diretor nas Clínicas Artur Morais. Esta terapêutica pode ser aplicada em todos os tipos de fumadores uma vez que o protocolo é escolhido de acordo com as características individuais do paciente e do seu consumo tabágico. Assim, «a taxa de sucesso é semelhante tanto em homens como em mulheres», assegura.
«Tanto nos fumadores com maior dependência física como naqueles que têm maior dependência psicológica, tanto nos que apresentam um consumo elevado (mais de 30 cigarros por dia) como nos que têm um consumo reduzido (menos de cinco cigarros por dia)», acrescenta o especialista. O número de sessões necessárias varia entre três e seis para chegar aos zero cigarros por dia, seguindo-se três a seis sessões de reforço para garantir que o paciente se mantém sem fumar.
«Para potenciar os resultados da acupuntura recorre-se frequentemente à fitoterapia tradicional chinesa, a qual consiste na prescrição de plantas medicinais, sob a forma líquida ou em cápsulas», conclui. Além de ajudar fumadores a largar o tabaco, este método também promove a desintoxicação do organismo e também contribui para a redução do stresse e da ansiedade, comportamentos muito comuns em adictos em nicotina.
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