Já imaginou poder avaliar o estado da sua saúde através de um simples exame à íris?
É esse o objectivo da iridologia, uma terapia que assenta no pressuposto de que esta área colorida do olho é o reflexo do que somos.
Aos 27 anos, Bárbara Santos desejava vencer o seu pessimismo perante a vida e apostou na iridologia.
«Sou uma sonhadora, mas pessimista e penso sempre que tudo pode acontecer. No entanto, ainda acredito que é possível mudarmos alguma coisa. Assim, surgiu a curiosidade de conhecer a iridologia», confessa.
Segundo afirma, este exame trouxe-lhe benefícios psicológicos e físicos substanciais. «A consulta tornou mais explícitas as minha limitações, os meus problemas fisicos e traumas e ajudou a tratar-me», sublinha.
O que é a iridologia?
Trata-se de um meio de apoio e diagnóstico ou exame que permite fazer a leitura dos estados físicos,psicológicos, neurológicos, endocrinológicos, imunológicos e emocionais pelo estudo da íris. Como? Através da análise das alterações existentes, representadas por raios, desenhos, pontos, buracos ou mudanças de cores.
Esta técnica, não-invasiva e indolor, «é frequentemente aconselhada em sinergia com outros exames de saúde ou terapêuticas, surgindo como uma segunda opinião plausível para complementar consultas médicas e métodos diagnósticos convencionais», explica Newton Cunha, especialista nesta área.
Porque reflete a íris o que somos?
«A íris é um espelho das nossas condições de saúde, emoções e personalidade, porque é nessa parte do olho que se encontram os terminais nervosos do corpo», justifica Newton Cunha.
Quando se regista qualquer mudança, surge um sinal na área correspondente (com exceção das cirurgias, que não ficam registadas na íris, devido ao bloqueio da anestesia ao sistema nervoso). Segundo Newton Cunha, «o mais evidente ao examinar uma íris é a área que representa o aparelho digestivo, onde vemos as inflamações, queda de cólon, prisão de ventre, entre outros».
O que acontece numa consulta?
Antes de mais, é fundamental uma boa interação entre especialista e paciente. «Como nem tudo é elucidativo (há sinais muito próximos um do outro, como por exemplo, a garganta e a tiroide) é necessário, primeiramente, questionar a pessoa sobre as alterações que sente (anamnese) e anotá-las para que, depois, sejam discutidas a dois», explica Newton Cunha.
Os benefícios reais desta terapia
«Depois da anamnese detalhada, coleta-se fotos da íris e procede-se à sua análise. Após a observação cuidadosa da íris, faz-se o diagnóstico», descreve o especialista.
A consulta dura cerca de uma hora (consoante o perfil do paciente) e deverá decorrer num ambiente calmo que salvaguarde a sua privacidade. De acordo com Newton Cunha, este aspeto é crucial, uma vez que estão em análise o estado de saúde, emocional e a personalidade de quem procura a iridologia.
Quais os benefícios da iridologia?
A grande mais-valia da iridologia é funcionar como ponto de partida para o incentivo e prescrição de um estilo de vida saudável e de terapêuticas apropriadas, como a nutrição clínica, a homeopatia, a acupunctura, a fitoterapia, a osteopatia ou o aconselhamento psicológico, entre outros.
Isto porque «a análise da íris permite aferir se o paciente sofre de alguma doença, se esta está em estado agudo ou crónico, qual a emoção envolvida e, muitas vezes, qual o nutriente necessário para suprir a carência existente», explica Newton Cunha.
É o caso, por exemplo, das deficiências ao nível do pâncreas, como a hipoglicémia (falta de açúcar no sangue) ou a hiperglicémia (diabetes). Para além disso, através do exame de iridologia, é possível analisar o tipo de constituição física, as suas tendências, a hereditariedade e o estado do sistema imunológico.
«Visualiza-se se o corpo tem capacidade de reagir a determinada doença, se o sangue está limpo ou intoxicado, se há contaminações, entre outros aspetos», remata o especialista.
Texto: Daniela Gonçalves
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