«Há vários tipos de tumores cerebrais consoante o tipo de células que lhe deram origem. O glioblastoma é o tipo mais frequente de tumor cerebral», explica Paulo Cortes, coordenador da Unidade de Oncologia do Hospital dos Lusíadas.

Alguns tumores cerebrais podem surgir em crianças e jovens, mas a maioria desenvolve-se na idade média da vida, afectando indiferenciadamente homens e mulheres. À medida que o tumor se expande, aumenta a pressão no interior do crânio e provoca uma reacção no tecido que o circunda, levando à acumulação de líquido à volta do tumor (edema cerebral) com danos graves para o cérebro.

As doenças genéticas raras como, por exemplo, a neurofibromatose podem aumentar o risco.

Sintomas que não deve ignorar

Tenha atenção aos seguintes sintomas: dores de cabeça, mal-estar, náuseas ou vómitos, alterações do equilíbrio e da visão. «Por vezes, podem surgir crises convulsivas e modificações do comportamento», salienta Paulo Cortes.

Deve contactar o médico o mais rapidamente possível se as dores de cabeça forem persistentes, sentir mal-estar e vómitos, perturbações de equilíbrio ou crises epilépticas.

Como é diagnosticado o cancro do cérebro

A tomografia axial computorizada (TAC) ou a ressonância magnética nuclear cerebral são os exames mais indicados.

Formas de tratamento

A terapêutica mais adequada é a remoção cirúrgica, quando esta é possível. «A remoção do tumor pode ser feita com métodos cirúrgicos clássicos ou com radiocirurgia, método que utiliza um feixe de radiação muito localizadoe é dirigido por métodos sofisticados de orientação tridimensional. A intervenção cirúrgica pode ser precedida ou seguida por uma terapêutica médica com o objectivo de reduzir o liquido à volta do tumor (o edema) ou pela radioterapia combinada por vezes com a quimioterapia para circunscrever as lesões», explica Paulo Cortes.

É possível prevenir o cancro do cérebro

1. Mantenha um estilo de vida saudável.

2. Faça exames de rotina com a regularidade aconselhada pelo seu médico assistente.

Texto: Cláudia Pinto com Paulo Cortes (coordenador da Unidade de Oncologia do Hospital dos Lusíadas)