São colhidas na natureza e oferecem benefícios únicos,
graças aos seus poderosos princípios ativos. Falamos das
plantas medicinais adelgaçantes.
Não fazem milagres mas
podem ajudar e muito. Neste artigo, apresentamos-lhe as
espécies mais eficazes no combate aos quilos extra. Se o seu objetivo é emagrecer, já sabe que
caminho tem que seguir. Já não há
mistérios quanto à fórmula de sucesso.
Uma dieta baixa em calorias combinada
com exercício físico é a regra número um. Mas, quando
chega a hora de pôr o plano em prática, deixa de
parecer assim tão simples. Por isso mesmo,
trazemos até si as fórmulas naturais que podem
ajudá-la a concretizar este objetivo mais
facilmente. Ainda assim, é importante que saiba que não
existem plantas que emagreçam sem o uso de
outras medidas que favoreçam a perda de peso.
Por isso, tal como em qualquer plano de
emagrecimento, é essencial que siga uma dieta
cuidada, aliada à prática regular de exercício
físico. «As plantas medicinais são apenas
recomendadas como complemento da dieta
e do exercício físico», sublinha o naturopata
João Beles.
Ao nosso dispor, temos uma vasta variedade de espécies de plantas que atuam
de diferentes formas no organismo. São saciantes, depurativas, diuréticas,
laxantes. Os efeitos de cada uma delas vai depender do mecanismo de ação
dos seus princípios ativos. Fique a conhecer as mais eficazes:
Plantas saciantes
Estas plantas aumentam o volume do sistema
digestivo, produzindo uma sensação de saciedade.
Este efeito de volume faz com que a pessoa se sinta
com o «estômago cheio». Estas espécies apresentam
ainda outras vantagens, uma vez que regulam as funções
intestinais, exercendo um efeito laxante suave.
Diminuem, por isso, a absorção de hidratos de carbono
e gorduras. «Todas estas plantas devem ser
administradas cerca de meia hora antes das refeições,
de forma a diminuir o apetite e a quantidade de comida
a ser ingerida», recomenda João Beles.
- Glucomanano
É uma fibra de uma leguminosa que chega a absorver
até 200 vezes mais água do que o seu próprio peso em
estado seco. Quando chega ao estômago dilata-
-se, formando um gel que produz saciedade e atrasa a
absorção dos lípidos e dos hidratos de carbono. As suas
mucilagens contêm um tipo de fibra que confere um
efeito laxante.
Deve-se tomar 1 g, duas vezes por dia.
- Figueira-da-índia
Quando é ingerida 30 minutos
antes das refeições, esta planta
diminui o apetite.
As suas mucilagens incham
no estômago, provocando uma
redução do volume gástrico e
diminuindo, posteriormente,
a quantidade de comida a ser ingerida
nas refeições.
Deve-se tomar 100 a 500 g do gel fresco ou
seco, duas a três vezes por dia.
- Tanchagem maior
(plantago maior)
Além de produzir um efeito
saciante, demonstrou que
melhora a flora intestinal. É ideal
como coadjuvante em dietas de
emagrecimento porque induz
sensação de saciedade e diminui
a absorção de hidratos de carbono.
As suas folhas podem ser utilizadas
em chá.
«A ação desta planta pode interagir com
alguns medicamentos como os antibióticos e a vitamina
B12. Se estiver medicada, informe-se junto do seu
médico. Esta espécie está contraindicada em casos de
má nutrição crónica e anemia», adverte João Beles.
Deve-se tomar 40 g de folhas para 1 L de água. - Espirulina
É uma planta marinha (alga) que
se dilata no estômago, provocando
sensação de saciedade, o que
faz com que ingiramos menos
alimentos. Esta alga é capaz de
sintetizar substâncias nutritivas e
ajuda a controlar o apetite, graças às
suas mucilagens saciantes.
Deve-se tomar 2 a 4 g por dia.
- Gomaguar
A sua viscosidade provoca
uma sensação de «estômago
cheio» durante mais tempo.
Adicionalmente, a sua fibra
solúvel ajuda a manter
os níveis de açúcar e de
colesterol corretos. O seu
consumo é especialmente
benéfico nas pessoas com
obesidade ou diabetes.
Deve-se tomar 5 a 20 g por dia, consoante os casos.
Veja na página seguinte: Plantas lipolíticas e termogénicas
Os seus princípios ativos conseguem diminuir os São mais conhecidas como - Guaraná - Laranja amarga - Chá verde De acordo com as conclusões Para resultados São plantas que diminuem a acumulação dos depósitos - Garcinia cambogia Veja na página seguinte: As plantas com efeito laxante Em alguns casos, o excesso de peso está associado a um Existem três tipos distintos: - As plantas depurativas, como as folhas da alcachofra - As plantas diuréticas, recomendadas para pessoas - As plantas com efeito laxante, recomendadas nos Recomenda-se que opte pelas plantas - Alcachofra - Aloé vera - Ortosifão - Cavalinha - Sementes de linhaça Texto: Sofia Cardoso com João Beles (naturopata e professor no Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa)Plantas lipolíticas e termogénicas
depósitos de gordura.
plantas queima-gorduras, já que estimulam a
combustão dos lípidos (gorduras) e impedem a
produção de mais adipócitos (células que
armazenam gordura).
Conhecida pela sua ação queima-gordura, contém cafeína e
uma boa dose de polifenóis que
estimulam o sistema nervoso e aceleram o metabolismo.
Devido à sua ação estimulante, deve evitar doses
excessivas desta planta. Idealmente, deve-se tomar 1 g, duas vezes por dia, após as
refeições. Só assim poderá maximizar os seus efeitos sem interferir com a sua saúde.
É uma subespécie da laranjeira-doce,
a árvore que dá a laranja vulgarmente
consumida. Contém sinefrina, localizada
na sua casca, que favorece a libertação
e a combustão das gorduras acumuladas,
aumentando a energia. Ajuda ainda a
eliminar a celulite e a controlar o apetite. São utilizadas as cascas das laranjas
amargas. Em comprimidos (estandardizados para
6% de sinefrina), 150 a 300 mg por dia.
O chá verde é um dos melhores aliados de uma dieta
de adelgaçamento. Os seus antioxidantes, designados
catequinas, deram provas da sua eficácia. Uma pesquisa da American
Society for Nutrition garante
que esta bebida é eficaz na
redução da massa gorda
abdominal e da gordura
abdominal subcutânea,
podendo mesmo representar
um benefício extra para quem
tem excesso de peso.
O segredo está nas catequinas,
um fitonutriente da família
dos polifenóis, com uma forte
ação antioxidante. Segundo
os autores do estudo, há
evidências científicas de que o
seu efeito termogénico ajuda
o organismo a gastar, sob
a forma de calor, a energia
dos alimentos em vez de a
armazenar sob a forma gordura.
de um outro estudo realizado
na Universidade de Oklahoma,
nos Estados Unidos da América,
o consumo de chá verde
em forma de infusão ou em
cápsulas, durante 8 semanas,
reduz de forma significativa
o peso corporal e o índice de
massa corporal, além de exercer
um efeito positivo nos níveis de
colesterol e dos triglicéridos.
mais rápidos, o especialista
João Beles recomenda tomar
o chá verde em forma de
comprimidos, feitos a partir
da planta seca, que permite
administrar doses mais elevadas
em menos tempo. A dose
recomendada é 1 g, duas vezes
por dia.Plantas inibidoras de lipogénese
de gordura. Ao reduzir a atividade das lipases
(lipoproteínas), evitam a transformação dos hidratos que
são ingeridos em gorduras (lipogénese).
Esta planta contém ácido hidroxítrico (HCA)
que inibe a lipogénese (processo que
transforma os hidratos de carbono em
gorduras, que serão armazenadas no
tecido adiposo), evitando que as gorduras
se acumulem em excesso no organismo.
Além disso, consegue reduzir o apetite.
Deve-se tomar entre 450 a 500 mg de extrato
(estandardizado a 50% de HCA), duas a quatro
vezes por dia.Plantas que melhoram as funções gastrointestinais e aceleram o metabolismo
mau funcionamento do aparelho digestivo e, por isso,
as plantas que conseguem regular esta função podem
contribuir para a redução de peso.
que diminuem a absorção de gorduras, melhoram as
funções biliares e têm um efeito diurético.
com retenção de líquidos e sem problemas cardíacos.
Mas, atenção, a sua ação ajuda a perder peso através da
perda de água e não de gordura. Estas plantas provocam
a eliminação de água e sódio, através da urina.
casos em que o excesso de peso está associado à
prisão de ventre.
com atividade laxante mecânica como as sementes
de plantago ou de linhaça. As plantas com atividade
laxante química, como a cáscara-sagrada ou a frángula,
só devem ser utilizadas em casos pontuais e por curtos
períodos de tempo.
A sua ação é principalmente drenante.
Contém cinarina que estimula a
secreção biliar (atuando sobre a
prisão de ventre), ao mesmo tempo
que reduz os níveis de colesterol.
É especialmente recomendada
a pessoas com problemas de
fígado, icterícia e má digestão de
gorduras. É também considerada
um fitomedicamento, uma vez que evita a oxidação
do colesterol LDL, graças à combinação das suas
propriedades antioxidantes.
Em xarope, são recomendas 1 a 2 ml por
dia. Em comprimidos, é aconselhável entre 0,5 a 2 g por
dia, que devem ser administrados durante as refeições.
A aloé vera estimula o
funcionamento intestinal, através
das substâncias fitoquímicas
presentes no seu gel e no látex,
ajudando o organismo a eliminar
gorduras e outras toxinas.
«Esta planta exerce uma ação
complementar, devendo, por isso, ser
administrada em combinação com plantas
lipolíticas como o chá verde ou a laranja amarga»,
recomenda o naturopata João Beles.
Deve tomar entre 2 a 5 ml do gel, uma ou duas vezes
por dia e entre 50 a 100 mg por dia, em comprimidos ou
em cápsulas do pó do látex.
A sua ação diurética deve-se
essencialmente à sua composição
rica em sais minerais, óleos
essenciais e flavonoides.
É recomendada em dietas de
adelgaçamento quando existe
retenção de líquidos associada ao
excesso de peso.
Deve tomar, em comprimido, cerca
de 600 mg, duas vezes por dia. Em chá, é
recomendável utilizar uma colher de sopa por chávena,
duas vezes por dia.
Esta planta ajuda o organismo a eliminar
líquidos e toxinas e diminui a fadiga
inerente a algumas dietas.
Deve tomar, em comprimidos, entre
500 mg a 1 g, por dia. Em chá, uma
colher de sopa fervida durante um
minuto para beber até três vezes por dia.
Lembre-se que não deve fazer uma toma
continuada por mais de 15 dias. Faça uma pausa
de 15 dias até retomar.
Os seus efeitos benéficos já
foram demonstrados em vários
estudos científicos. Graças ao
seu conteúdo de fibra (solúvel e
insolúvel), provocam um efeito
laxante. As sementes inteiras
podem ser utilizadas em infusão ou
podem ser adicionadas à alimentação
em cereais, iogurtes ou bolos. O óleo
pode ser usado para temperar a comida.
Deve tomar 1 a 2 colheres de sopa, por dia.
Em cápsulas, entre 3 a 6 g por dias, às refeições.
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