Do ponto de vista de sabor, a ervilha amarela é mais suave e parecida a um cereal em comparação com as ervilhas verdes.
Esta característica prende-se com o facto das ervilhas amarelas conterem menos clorofila do que as verdes, que é o pigmento que lhes é habitualmente associado. Após cozinhadas, têm uma textura cremosa e perdem mais a sua forma do que as ervilhas verdes, sendo boas para fazer pratos de purés e sopas.
As ervilhas amarelas podem ser compradas inteiras ou partidas, sendo que neste último caso, é-lhes removida a casca e o “embrião” o que lhes confere uma textura ainda mais cremosa após a confeção.
Assim, apesar de serem mais fáceis de digerir e de necessitarem de menos tempo de confeção, é esperado que os seus teores em fibras e em alguns nutrientes possa ser um pouco mais baixo, em comparação com as ervilhas inteiras.
Quais os benefícios?
Do ponto de vista nutricional as ervilhas amarelas são uma fonte por excelência de proteína vegetal e de fibra, fornecendo ainda quantidades relevantes de cálcio, ferro, magnésio, selénio e folato, entre outros. Apesar de conterem alguns hidratos de carbono, os mesmos são de absorção lenta, pelo que o índice glicémico das ervilhas amarelas é baixo.
Quanto aos benefícios para a saúde, o consumo regular de ervilhas, como leguminosas, contribui para reduzir os níveis de pressão arterial, de colesterol e de inflamação que estão associados ao risco de doença cardiovascular.
Por outro lado, pela sua riqueza em fibra, as ervilhas promovem a saciedade e níveis de glicemia mais adequados após a refeição, sendo por isso úteis em casos de excesso de peso e obesidade, assim como, de diabetes.
Adicionalmente, existem ainda benefícios para a melhoria do trânsito intestinal em casos de obstipação, dado o seu efeito prebiótico.
Alguns estudos associam também, os fitoquímicos presentes nas ervilhas a um efeito antioxidante que contribui para a prevenção de alguns tipos de cancro, como o do cólon.
Quanto consumir?
Em relação à frequência ideal do seu consumo, no geral recomenda-se a inclusão de leguminosas pelo menos 3 porções por semana nas sopas (equivalente a 3 colheres de sopa de leguminosas secas/frescas cozinhadas), refeições ou snacks (ex. hummus).
As explicações são da nutricionista Sara Lopes Pereira, do Celeiro.
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