É indissociável da dieta lusa. Poucos são os portugueses que conseguem viver (felizes) sem este alimento. É o tipo de ingrediente que nunca pode faltar na despensa no momento de cozinhar. Tudo por causa do seu sabor único, salgado e apimentado, capaz mesmo de substituir o sal. Nos pratos de bacalhau, nos de carne e também nas sopas, confere um paladar único. Nalguns preparados, até a sua casca pode ser aproveitada para acrescentar perfume e textura.
Graças à sua composição, rica em vitamina C, em vitamina B6, em cálcio, em cobre e em selénio, o alho tem uma reconhecida ação antibacteriana, antiviral e anti-inflamatória. Além disso, este alimento, com níveis apreciáveis de hidratos de carbono, proteínas e lípidos, ajuda a diminuir a pressão arterial, a reduzir o colesterol e os triglicerídeos.
Fonte de alicina, o alho reforça o sistema imunitário, combatendo vírus, bactérias e fungos. Os sulfuretos de alila, outro dos componentes deste alimento, revelaram-se eficazes na prevenção do cancro do cólon, garantem os autores de um estudo científico internacional. O alho atuenua ainda os sintomas da asma e facilita a respiração.
Por conter antioxidantes que reforçam os mecanismos de proteção do organismo contra os danos causados pelos radicais livres, especialmente no cérebro, previne a demência e a doença de Alzheimer. Este ingrediente melhora o desempenho atlético e reduz a sensação de fadiga, tal como também sucede com o café. Combate a intoxicação por metais pesados, sendo particularmente eficaz no caso defesa contra o chumbo. As quantidades de enxofre que o alho integra protege os órgãos internos do organismo. Melhora a saúde dos ossos e aumenta a longevidade.
Ao adquiri-lo, prefira o alho novo ao seco, pois digere-se mais facilmente e tende a conservar-se mais tempo no frigorífico. Em média, aguenta-se durante duas a três semanas. Para se aproveitarem todas as suas propriedades, deve ser consumido cru ou cozido a vapor, adicionado a marinadas, a açordas e, picado, a legumes salteados.
Embora case perfeitamente com o azeite quente, resultando num molho tão bom que nos faz lutar com família e com os amigos pela última fatia de pão quando os recebemos em casa, as temperaturas elevadas comprometem o seu valor nutricional. Molhar o pão no molho de azeite e alho que fica no tabuleiro ou na travessa é, assim, de evitar.
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