Uma investigação levada a cabo por especialistas das universidades de Columbia e de Harvard, nos EUA, publicada no British Medical Journal, defende que uma dieta alimentar sem glúten é nociva a quem não tem intolerância a esta substância. Uma proteína presente no trigo, centeio e cevada que, ao não ser bem digerida, pode causar uma resposta inflamatória. Pedro Carvalho considera que, de um modo geral, não há risco.
"Podemos não perder nada em diminuir a exposição ao glúten", opina o especialista. Para além do caso dos doentes celíacos, o nutricionista português, autor do livro "Os mitos que comemos", publicado pela editora Matéria-Prima, aconselha a sua exclusão numa série de casos. Estes são os que aponta:
- Sensibilidade ao glúten não celíaca
Outra forma de intolerância que tem como sintomas gases, desconforto abdominal, diarreia, dores de cabeça ou letargia.
- Síndrome do intestino irritável
Em estudos, indivíduos não celíacos mas com esta síndrome, quando expostos a uma dieta com glúten, reportaram mais sintomas.
- Patologias crónicas autoimunes
Um estudo demonstrou que doenças como a diabetes tipo I, psoríase e artrite reumatoide podem beneficiar de uma dieta sem glúten.
Texto: Catarina Caldeira Baguinho
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