O avião A380 operado pela Hifly partiu de Beja esta quinta-feira de manhã e vai retirar mais de 130 cidadãos europeus retidos na China.

A operação de repatriamento dos portugueses está a ser coordenada pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), avança o jornal Público. Os portugueses farão a viagem de França para Lisboa num avião militar C130, escreve o mesmo jornal.

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Os portugueses a retirar da China serão rastreados antes de iniciarem a viagem e na chegada ao aeroporto, disse hoje a ministra da Saúde, adiantando que Portugal ainda está a estudar a hipótese de um espaço de confinamento.

Relativamente à questão de haver um local de isolamento, “seja no domicílio ou noutro tipo de espaço”, a ministra Marta Temido afirmou que essa hipótese ainda está a ser “estudada e preparada porque depende da condição clínica destas pessoas e do seu historial anterior”.

“Cada um destes cidadãos terá uma consulta com a autoridade [de saúde] à chegada, que terá integrado um médico, que aplicará um inquérito epidemiológico e um inquérito sobre a história clínica recente de forma a garantir que qualquer suspeita é logo identificada e encaminhada adequadamente”, avançou Marta Temido.

A ministra explicou que o rastreio, que será feito através de uma avaliação clínica e física, que inclui a medição da febre, será feita no aeroporto, o que não quer dizer que não haja uma avaliação complementar se for necessária. De acordo com informação que dispõe, Marta Temido disse que vão regressar a Portugal cerca de dezena e meia de portugueses, mas ressalvou que “poderão ser menos, porque alguns concidadãos optaram por não deixar a China por várias razões”.

O mais recente balanço das autoridades chinesas dá conta de 170 mortos, todos verificados na China, e mais de 7.700 pessoas infetadas.

Além do território continental da China, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França (primeiro país europeu a detetar casos), Finlândia, Índia, Filipinas e Emirados Árabes Unidos.

Vários países acionaram nos últimos dias planos para retirar os respetivos cidadãos que tivessem manifestado vontade de sair do território chinês.

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