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Efeitos positivos são causados pela secreção da oxitocina
21 de janeiro de 2013 - 14h57
Dar um abraço a alguém que se conhece pode reduzir o stress, o medo, a ansiedade, a tensão arterial e até melhorar a memória, garante Jürgen Sandkühler, especialista do Centro de Investigação Cerebral da Universidade Médica de Viena, na Áustria, a propósito do Dia Nacional do Abraço que se celebra esta segunda-feira em vários países.
Os efeitos positivos são causados pela secreção da oxitocina - a chamada "hormona do amor" - produzida pela glândula pituitária, situada no cérebro, e conhecida por aumentar os laços entre as pessoas, nomeadamente entre pais e filhos e entre casais.
Os benefícios de um abraço só se fazem sentir, explica Sandkühler num comunicado divulgado pela universidade, "se as pessoas que se abraçam confiarem uma na outra, se os sentimentos associados ao abraço forem mútuos e se os respetivos sinais forem enviados para o exterior".
"Se as pessoas não se conhecerem, ou se o abraço não for desejado por ambas as partes, os seus efeitos perdem-se", esclarece o especialista austríaco. "Os abraços são bons mas, independentemente de quanto tempo duram ou da frequência com que acontecem, a confiança é o mais importante".
Abraços entre estranhos também podem ser benéficos
Apesar de os abraços entre estranhos - promovidos pela famosa campanha mundial "Free Hugs" - não terem, habitualmente, os benefícios de um abraço dado entre pessoas com uma forte ligação emocional, estes podem ser bons para a saúde.
"Se todos os que se envolverem nessas ações tiverem consciência de que se trata de um momento de divertimento e de descontração" este tipo de campanhas pode ter vantagens, conclui o cientista.
O Dia Nacional do Abraço, comemorado no Reino Unido, Alemanha, China, Austrália ou Estados Unidos nasceu em 1986 pela mão dos norte-americanos Kevin Zaborney e Adam Olis.
A escolha do dia 21 de janeiro deve-se ao facto de a data estar exatamente entre o Natal e o dia de São Valentim. Acredita-se que neste período durante o qual as pessoas tendem a estar mais emocionais.
SAPO Saúde
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