O número de novas infeções diárias mais do que duplicou na última semana e confirma a tendência de agravamento da pandemia, verificada nos últimos dias.

As autoridades italianas, contudo, salientam que se estão a fazer agora muitos mais testes do que aqueles que eram realizados em março, tendo sido efetuados 129.500 nas últimas 24 horas.

No total, Itália registou 343.770 casos de infeção com o novo coronavírus desde o início da pandemia neste país, em 21 de fevereiro.

Nas últimas 24 horas, morreram 28 pessoas com covid-19, um número em linha com os verificados nos últimos dias, elevando o saldo provisório de óbitos para 36.111.

Embora a maioria dos doentes com covid-19 permaneça isolada nas suas casas, com sintomas leves ou sem eles, o número de internados está a crescer e já ultrapassa 4.000 (mais 190 desde quinta-feira), assim como o de doentes que necessitam de cuidados intensivos (387 em todo o país, 29 a mais do que na quinta-feira).

As regiões mais afetadas pela pandemia na Itália continuam a ser no norte, a Lombardia, Veneto e Emilia Romagna, embora os casos estejam a crescer em outras regiões no sul, como Lazio, cuja capital é Roma, ou Campânia, cuja capital é Nápoles.

Na Lazio, as medidas de segurança já foram reforçadas nas localidades perto de Roma e já foram proibidas festas e encontros com mais de seis pessoas.

O presidente da Campânia, Vincenzo De Luca, ameaçou confinar a região se esta tendência de agravamento continuar.

O assessor do Ministério da Saúde italiano para questões relacionadas com a pandemia, Walter Ricciardi, anunciou que novas medidas de contenção estão a ser consideradas, devido ao aumento de casos nas últimas semanas.

Os meios de comunicação social italianos dão nota de que o Governo possa mesmo decretar o encerramento de restaurantes e casas de espetáculo.

Nos últimos dias, o Governo italiano obrigou ao uso de máscara em todo o país, mesmo em espaços abertos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e sessenta e três mil mortos e mais de 36,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.