
Em comunicado, o ML explica que está a levar a cabo a segunda fase das medidas de prevenção, a nível dos seus trabalhadores e utentes.
A nível dos utentes, a empresa destaca o reforço de limpeza nas estações com desinfeção das áreas físicas de maior contacto manual (máquinas de venda de títulos, corrimãos, puxadores e elevadores) e da higienização do interior das carruagens.
A empresa informa ainda que vai encerrar o “Espaço Bebé” da estação da Alameda e as instalações sanitárias existentes nas estações do Marquês de Pombal, São Sebastião, Campo Grande, Terreiro do Paço, Aeroporto, Oriente e Rossio.
Relativamente às medidas a implementar junto dos funcionários, o ML refere o cancelamento das viagens profissionais e de todas as participações ao estrangeiro previstas durante o mês de março e ainda o levantamento e identificação dos trabalhadores cuja situação clínica possa ser considerada como grupo de risco.
O ML pretende ainda definir “um conjunto de serviços prioritários a trabalhar em regime de teletrabalho em caso de necessidade”.
“O Metropolitano de Lisboa continuará a monitorizar a situação, em contacto permanente com as autoridades competentes, estando em condições para ativar, de imediato, quaisquer outras orientações técnicas de saúde pública que venham a ser emanadas para combate à pandemia”, sublinha a empresa.
De acordo com os números oficiais, o número de casos confirmados em Portugal de infeção pelo novo coronavírus, que causa a doença COVID-19, subiu. A região norte do país mantém-se com o maior número de casos (77) mas a região de Lisboa também já conta com 73. O Alentejo e as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores não tinham casos de infeção.
Segundo o boletim epidemiológico diário da DGS divulgado ontem, há 169 casos confirmados de COVID-19 em Portugal, mais 57 que ontem, 1 704 suspeitos, 126 aguardam o resultado laboratorial e 5 011 em vigilância pelas autoridades de saúde.
Como medida de prevenção, o Governo decretou ontem que os bares vão ter de fechar portas a partir das 21:00, todos os dias, como forma de tentar conter a propagação do surto de COVID-19, com efeitos imediatos. A medida vai vigorar até 9 de abril.
O novo coronavírus matou pelo menos 5.764 pessoas em todo o mundo desde o seu surgimento em dezembro, de acordo com uma avaliação da AFP às 17:00 de ontem a partir de fontes oficiais. Há também mais de 73 mil recuperados em todos o mundo de acordo com o mapa interactivo desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira, a doença COVID-19 como pandemia, justificando tal denominação com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”.
O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5 40o mortos em todo o mundo.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins de infância e outras instituições de ensino.
Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, comunicou esta semana ao país o encerramento de todas as escolas para travar a proliferação do coronavírus, entre outras medidas. Esta semana já tinha sido anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália. A Direção-Geral de Saúde também reforçou as recomendações à população.
Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu na segunda-feira alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.
Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.
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