Na conferência de imprensa regular de acompanhamento da pandemia de covid-19, Marta Temido indicou que “nenhum sistema de saúde ficou imune a uma pandemia deste tipo na sua capacidade de resposta às doenças não covid”.
“Quando incentivamos os contactos não presenciais, temos que melhorar as formas pelas quais os utentes podem aceder a estes atos”, admitiu, afirmando que a telessaúde no Serviço Nacional de Saúde poderá ser uma das áreas a melhorar com os fundos europeus de recuperação económica da pandemia.
Marta Temido assumiu que “houve muitos atos que deixaram de ser realizados por força da necessidade de o Serviço Nacional de Saúde se concentrar na resposta às necessidades assistenciais específicas” da covid-19.
No que toca às consultas médicas, fizeram-se “menos um milhão num total que costuma ser 31 milhões”, no período de janeiro a junho, sendo que 2,8 milhões realizadas neste período foram não presenciais.
“Os profissionais de saúde fizeram mutos atos de saúde através de outros meios [além das consultas presenciais] que não são exclusivos da pandemia”, indicou a ministra.
Marta Temido distinguiu os números do Ministério dos que são apontados pela Ordem dos Médicos, que considera não se terem feito três milhões de consultas porque “conta apenas as presenciais”.
A ministra defendeu ainda que as contas devem ser feitas comparando “períodos acumulados” e não meses separados.
Por exemplo, se se olhar para janeiro deste ano, o número de consultas será superior ao que se verificou no mesmo mês do ano passado porque “em janeiro de 2019 houve uma greve cirúrgica”.
Portugal contabiliza pelo menos 1.735 mortos associados à covid-19 em 51.072 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Lusa/fim
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