“Todos os dias as nossas escolhas são importantes e a proposta de Orçamento de Estado para 2022 é um instrumento da maior importância para continuar a promover a recuperação que o país precisa”, afirmou Marta Temido, no Plenário dos Socialistas do Porto.
Na sessão, que decorreu no Ateneu Comercial do Porto e reuniu cerca de uma centena de militantes socialistas, Marta Temido salientou a trajetória feita ao longo da última legislatura, em que foi possível “recuperar muitas coisas”, mas lembrou que é “muito fácil deixar de fazer as escolhas certas”.
“Vínhamos de uma trajetória de uma legislatura em que foi possível recuperar muitas coisas. Se calhar já ninguém se recorda que tivemos de trabalhar mais horas ou que passámos a ganhar menos ou que ficámos sem subsídios, mas foi há menos de meia dúzia de anos. Não nos esqueçamos, não tenhamos memória curta e recordemos que é muito fácil deixar de fazer as escolhas certas quando elas estão à nossa frente. Não podemos cometer esse erro”, referiu.
Marta Temido, que chegou acompanhada do presidente da Federação Distrital do PS do Porto, Manuel Pizarro, afirmou que a dotação na área da saúde presente na proposta é reflexo do esforço “colossal” dos portugueses e que por “detrás de cada euro” investido no Serviço Nacional de Saúde estão “cuidados, rastreios, profissionais de saúde, investimentos que contribuem para a qualidade de vida e coesão social dos portugueses e das portuguesas”.
Salientando que a saúde foi uma das áreas fulcrais no combate à pandemia da covid-19, a ministra afirmou que na proposta de Orçamento de Estado para 2022, esta é “uma área prioritária para o investimento público com vista à melhoria contínua da capacidade e qualidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
“Estamos com uma proposta de Orçamento de Estado que traz mais 700 milhões de euros para a saúde. São 700 milhões de euros que fazem com que o esforço adicional das dotações do Orçamento de Estado para a saúde entre 2015 e 2022 ultrapassem os 3,2 mil milhões de euros, contra um desinvestimento que tinha sido feito entre 2010 e 2015 de 825 milhões de euros”, reforçou.
O Governo entregou na segunda-feira à noite, na Assembleia da República, a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE22), que prevê que a economia portuguesa cresça 4,8% em 2021 e 5,5% em 2022.
No documento, o executivo estima que o défice das contas públicas nacionais deverá ficar nos 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e descer para os 3,2% em 2022, prevendo também que a taxa de desemprego portuguesa descerá para os 6,5% no próximo ano, "atingindo o valor mais baixo desde 2003".
A dívida pública deverá atingir os 122,8% do PIB em 2022, face à estimativa de 126,9% para este ano.
O primeiro processo de debate parlamentar do OE2022 decorre entre 22 e 27 de outubro, dia em que será feita a votação, na generalidade. A votação final global está agendada para 25 de novembro, na Assembleia da República, em Lisboa.
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