Máquinas que mantêm vivo bebé com doença rara vão ser desligadas hoje
créditos: Facebook Charlie Gard #charliesfight

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos autorizou a retirada do suporte de vida a um bebé britânico de 10 meses que sofre de uma doença genética rara e cujo prognóstico vital era fatal, negando assim a possibilidade dos pais levarem o filho para os Estados Unidos para fazerem um tratamento experimental.

Connie Yates e Chris Gard usaram as redes sociais para informar que estão a passar as "últimas horas" com Charlie, no hospital, já que a unidade negou a possibilidade dos progenitores levarem a criança para casa.

"Queríamos dar-lhe um banho, em casa, colocá-lo num berço onde ele nunca dormiu, mas isso foi-nos negado", escreveu Chris Gard no Facebook.

Neste rede social, os pais dizem estar "de coração partido". "Charlie vai morrer amanhã [sexta-feira] sabendo que foi amado por milhares... Obrigado a todos", escrevem Connie e Chris.

"Não fomos autorizados a escolher se o nosso filho pode viver e não estamos autorizados a escolher quando ou onde o Charlie morre", acrescentam numa publicação naquela rede social.

Charlie Gard nasceu a 4 de agosto com a síndrome de depleção mitocondrial, uma doença que afeta a capacidade das células gerarem energia, o que provoca o enfraquecimento dos músculos e, progressivamente, danos cerebrais.

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos concordou com a decisão anteriormente tomada pelos tribunais britânicos e ordenou a suspensão das medidas provisórias de suporte de vida.

Veja ainda: 22 doenças (no mínimo) muito misteriosas