O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (CEDH) concordou com a decisão anteriormente tomada pelos tribunais britânicos e ordenou a suspensão das medidas provisórias de suporte de vida.

Connie Yates e Chris Gard, os pais de Charlie Gard, um bebé de 10 meses que sofre de uma doença genética rara, interpuseram em fevereiro uma ação no CEDH, após o Supremo Tribunal britânico ter permitido desligar a ventilação artificial ao filho.

Charlie Gard nasceu a 4 de agosto com a síndrome de depleção mitocondrial, uma doença que afeta a capacidade das células gerarem energia, o que provoca o enfraquecimento dos músculos e, progressivamente, danos cerebrais.

O Hospital Great Ormond Street, onde o bebé se encontra internado, em Londres, queria permissão para desligar a ventilação artificial e fornecer-lhe cuidados paliativos. Contudo, os pais pediram ao Tribunal para suspender a decisão na esperança de irem tratar o filho nos Estados Unidos.

Segundo a BBC, os juízes europeus acreditam que Charlie está a ser exposto a uma "dor e a um sofrimento contínuos" e que um tratamento experimental, "sem perspetivas de sucesso", não seria benéfico para a criança. Chris Gard e Connie Yates defendem, no entanto, que o bebé pode beneficiar de um tratamento experimental nos Estados Unidos. Para tal, o casal já angariou mais de um milhão de euros em donativos numa campanha online.

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