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O carcinoma hepatocelular é a terceira forma de cancro mais letal do mundo
22 de julho de 2013 - 11h24
Uma investigação do CIC bioGUNE, Centro de Pesquisa Cooperativa em Biociências de Derio, Biscaia, Espanha, revela que o gene MATIA tem consequências diretas no tratamento contra o cancro do fígado mais comum, o carcinoma hepatocelular.
O estudo liderado pelo diretor do CIC bioGUNE, José Maria Mato, em colaboração com a investigadora da Universidade do Sul da Califórnia Shelly Lu foi publicado na revista Journal of Clinical Investigation e mereceu um comentário editorial na publicação – Hapatology - especializada em tratamento de fígado.
O carcinoma hepatocelular (HCC) é a terceira forma de cancro mais letal do mundo depois do cancro do pulmão e do cancro do estômago.
Apesar dos recentes avanços no diagnóstico e na terapia, a grande maioria dos pacientes morre em pouco meses.
A investigação do CIC bioGUNE dá um novo enfoque ao tratamento do cancro do fígado, baseado em três moléculas MicroRNAs (miR-664, mR-485 e mR-495), implica um gene, MATIA, cuja sua alteração tem consequências diretas no desenvolvimento neste tipo de tumor.
O estudo demonstrou que estas moléculas podem atuar como agentes modificadores da doença.
Durante a fase experimental, a equipa liderada por Shelly Lu e José Mato observou que a expressão das três moléculas aumenta nos casos de carcinoma hepatocelular.
Os investigadores verificaram que o silenciamento das moléculas reduz o crescimento do tumor e a inversão das metáteses no fígado.
Segundo Mato, “a novidade deste trabalho é que pela primeira vez foram identificados agentes celulares, responsáveis pelo silenciamento deste gene, e deu-se um passo em frente muito importante”.
A investigação avança na compreensão dos mecanismos que influenciam o desenvolvimento do cancro no fígado para que no futuro se possa desenvolver uma estratégia de luta contra esta doença.
Lusa
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