“Hoje, em 2017, podemos dizer com grande segurança que todos os doentes que tenham necessidade de algum tipo de intervenção cirúrgica por varizes podem e devem ser feitos em ambulatório, sem necessidade de anestesia geral, com um regresso à sua atividade laboral no dia seguinte, na enormíssima maioria dos casos”, disse Armando Mansilha.

Em declarações à Lusa, o responsável pelo encontro, médico especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular, salientou que “ninguém deve ficar internado, nem acamado”. “Isto é, claramente, um enorme avanço para as pessoas e também para todos nós em termos de custos, porque é possível hoje em dia tratar cirurgicamente, por diferentes tipos de intervenções que devem ser adaptadas a cada doente, com custos menores”, frisou.

Segundo Armando Mansilha, que é também professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, “é recomendável tratar estes doentes numa fase muito mais precoce, de forma que não venham, por um lado, a ter sintomas incapacitantes, e, por outro lado, não venham a ter complicações relevantes, como seja trombose venosa ou a tromboflebite e a úlcera venosa”.

Nesta reunião, “a maior de sempre a nível internacional na área da doença venosa”, com mais de 900 especialistas, de 32 países, será também discutida a “mudança de paradigma” no tratamento oral da trombose venosa, da doença tromboembolica venosa, da trombose venosa e da embolia pulmonar, disse.

Veja ainda: 10 recomendações médicas para ter uma saúde de ferro

Essa “mudança de paradigma” tem a ver com “os novos anticoagulantes orais, de ação direta, de última geração, que são cada vez mais considerados como primeira linha em praticamente todas as situações”, salientou.

Ao longo de três dias serão passados em revista os novos desenvolvimentos na prática e investigação clínica, diagnóstica e técnicas médicas.

Em destaque está também a apresentação da atualização das Recomendações Mundiais em Flebologia da revista Angiology, referência para a prática clínica nesta área.