De acordo com os resultados do Índice de Igualdade de Género 2021, publicado hoje, da responsabilidade do Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês), a Europa consegue 68 pontos entre um máximo de 100, o que representa um “aumento microscópico de apenas 0.6 pontos desde a edição do ano passado”.

“A Suécia e a Dinamarca são, uma vez mais, os países com melhor desempenho no índice deste ano, seguidos dos Países Baixos, que ultrapassaram a Finlândia e a França na conquista do terceiro lugar”, salienta o EIGE, acrescentando que o Luxemburgo, a Lituânia e os Países Baixos foram os países que mais melhorias registaram desde a edição de 2020.

Por outro lado, a Eslovénia foi o único país a recuar, havendo registo de “grandes variações nos resultados em matéria de igualdade de género entre países”, com oscilações entre os 83.9 pontos na Suécia e os 52.6 pontos na Grécia, e com Portugal mais ou menos a meio da tabela, com 62.2 pontos.

Citada no comunicado do EIGE, a diretora deste instituto europeu com sede em Vílnius, capital da Lituânia, refere que “a Europa conseguiu frágeis conquistas em matéria de igualdade de género”, ao mesmo tempo que “estão a surgir grandes perdas em resultado da pandemia de COVID-19”.

“As consequências económicas estão a ser mais duradouras para as mulheres, ao passo que a esperança de vida dos homens diminuiu. Os resultados do nosso Índice podem ajudar os dirigentes europeus a enfrentar os diferentes efeitos da pandemia nas mulheres e nos homens e a atenuar o impacto desigual a curto e longo prazo”, afirmou Carlien Scheele.

O índice deste ano dá particular destaque à pandemia, à saúde mental e à saúde sexual e reprodutiva e centra a sua atenção na relação entre a saúde e a igualdade de género, “uma área que a pandemia de coronavírus expôs mais do que nunca”, lê-se no relatório.

“Por exemplo, as mulheres estão sobrerrepresentadas no setor da saúde correndo, por isso, um maior risco de contrair o vírus. Os profissionais de saúde também enfrentaram uma angústia mental aguda durante a pandemia pela sobrecarga de trabalho e ao assistirem à morte e ao sofrimento dos doentes”, refere o EIGE.

Acrescenta que os “homens com covid-19 estiveram mais expostos ao risco de hospitalização do que as mulheres”, uma situação relacionada “com os seus comportamentos de saúde e com doenças preexistentes, tais como as doenças cardiovasculares e a diabetes, que são mais comuns entre os homens”.

De acordo com o EIGE, outra das consequências da pandemia foi a quebra nas taxas de natalidade, especialmente nos países mais afetados, sublinhando que “a angústia psicológica, a incerteza económica e o aumento do trabalho não remunerado entre as mulheres levaram os casais a adiar ter filhos ou a decidir não os ter”.

“Isto também aconteceu numa altura em que os serviços de saúde sexual e reprodutiva eram mais difíceis de aceder”, apontou.

O instituto europeu aproveita ainda para defender como “fundamental” que os decisores políticos integrem as preocupações em matéria de igualdade de género nas medidas de saúde, mas também noutras medidas de recuperação, com vista a conseguir melhores resultados para todos, sublinhando que a pandemia de covid-19 veio “colocar um desafio sem precedentes ao bem-estar mental coletivo e à saúde geral dos cidadãos europeus”.

Também citada no comunicado do EIGE, a comissária europeia para a Igualdade, Helena Dalli, defende que a igualdade no acesso a serviços de saúde de qualidade permite que homens e mulheres vivam uma vida plena e ativa na sociedade.

“Através do Programa EU4Health, a Comissão prontifica-se a apoiar as necessidades e ações dos Estados-membros da União Europeia no reconhecimento do direito fundamental de cada pessoa ao acesso aos cuidados de saúde, tal como consagrado na Carta dos Direitos Fundamentais e no Pilar dos Direitos Sociais”, adiantou.

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