Num futuro próximo, será possível aos doentes com epilepsia preverem, em tempo real e de uma forma mais generalizada, potenciais crises e ataques. Foi, pelo menos, com esse objetivo que o projeto europeu Epilepsiae começou a desenvolver um equipamento sem fios que funcionará como um sistema inteligente de alarme. Estando ligado ao doente, emitirá informações para um computador que enviará ao doente a informação, em tempo real, de previsão de uma crise epiléptica.
O projeto, desenvolvido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em parceria com os Hospitais da Universidade de Coimbra e entidades de França, Alemanha e Itália, começou a ser testado em duas centenas de doentes portugueses, franceses e alemães em 2010. No ano seguinte, estava previsto que fosse ensaiado em mais uma centena de doentes. Em 2013, foi apresentado, em versão demo, numa conferência em Coimbra.
A funcionar em pleno, o aparelho Brainatics vai ser muito útil para cerca de um terço das pessoas com epilepsia que, ao contrário dos outros dois terços, não reagem à medicação comum, continuando expostas a crises em qualquer momento e em quaisquer circunstâncias. O software que integra o aparelho permite a monitorização de 22 parâmetros por elétrododo e, nas primeiras demonstrações públicas, conseguiu emitir dados para um notebook com 2 GB de RAM.
Uma convulsão após uma queda em bebé foi o primeiro sinal de alarme e o início de uma nova fase na vida de Salomé Oliveira. Para conhecer a história de uma mulher que cresceu obrigada a ter de lidar com esta doença neurológica que atinge cerca de 60.000 portugueses, clique aqui. Para conhecer os passos que deve seguir caso seja confrontada com uma pessoa que esteja a sofrer um ataque epilético, clique aqui.
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