Uma empresa da indústria agroalimentar fez uma descarga de concentrado de tomate que poluiu a ribeira da Asseca, Santarém, tendo sido feita uma participação de crime ao Ministério Público, revelou a Agência Portuguesa do Ambiente.

A descarga foi feita diretamente para aquela ribeira, afluente do rio Tejo, e provocou a morte de peixes, removidos pela autarquia de Santarém em articulação com aquela agência.

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Não foi especificada a quantidade de peixes removidos "para destino adequado".

A origem da descarga poluente foi detetada numa empresa da indústria agroalimentar de processamento de tomate.

Inspeção após denúncia

A inspeção foi feita esta semana no seguimento de uma denúncia e confirmou "a degradação da qualidade da água e a morte de peixes naquele afluente do Tejo".

A empresa recebeu ainda um mandado para, no prazo de cinco dias, "implementar um sistema de retenção de emergência que possa rececionar, em caso de acidente, eventuais descargas".

Crime já participado

A Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) participou o crime de poluição ao Ministério Público.

Em comunicado, a IGAMAOT afirma que a participação aconteceu no seguimento de uma inspeção feita na terça e na quarta-feira à ribeira da Asseca, depois de uma denúncia de uma descarga ocorrida no domingo e que provocou a morte de peixes.

A IGAMAOT afirma que a inspeção realizada “confirmou a degradação da qualidade da água e a morte de peixes naquele afluente do Tejo” e que “a descarga poluente foi realizada por uma empresa da indústria agroalimentar de processamento de tomate”.

Segundo a nota, os inspetores confirmaram que “na origem deste episódio esteve a descarga de matéria-prima não processada (concentrado de tomate) diretamente para a ribeira da Asseca”.

A indústria em causa foi alvo de uma inspeção por parte da equipa de inspetores da IGAMAOT, acompanhada por elementos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), da qual resultou a emissão de um mandado para, “no prazo de cinco dias, o operador implementar um sistema de retenção de emergência que possa rececionar, em caso de acidente, eventuais descargas”.