Para sequenciar o genoma da leguminosa foi preciso ordenar milhares de milhões de cortes de sequências de ADN (material genético). Os resultados do trabalho foram publicados na revista científica Nature Genetics.

O genoma de uma planta foi sequenciado pela primeira vez em 2000. Mais recentemente, em 2018, foi sequenciado o genoma do trigo.

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Justificando a complexidade da tarefa de descodificar o genoma da ervilha, nas suas variantes antigas e industriais modernas, os cientistas assinalam que há muitas pequenas sequências de ADN que se repetem.

Mais e melhores variedades

Segundo a geneticista Judith Burstin, do Instituto Nacional de Investigação Agronómica de França, que participou na investigação, a sequência do genoma da ervilha vai potenciar a melhoria da variedade de leguminosas em grão.

A ervilha, o feijão e as lentilhas, leguminosas que começaram a ser cultivadas há cerca de dez mil anos na Mesopotâmia (região que corresponde ao território atual do Iraque, Koweit e Síria), resultam da adaptação da agricultura às alterações climáticas.

As leguminosas têm a dupla particularidade de fixar o azoto da atmosfera no solo, e portanto enriquecer naturalmente a terra, e de serem ricas em proteínas, constituindo em parte uma alternativa à carne, cujo consumo tem mais impactos no aquecimento do planeta Terra.