A Associação de Dadores de Sangue de Guimarães pediu ontem a demissão da diretora do Centro Regional de Sangue do Porto, depois de mais de 70 dadores não terem conseguido fazer a dádiva por falta da equipa de técnicos.
Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Associação de Dadores de Sangue de Guimarães, Alberto Mota, explicou que tinha agendado com o Centro Regional de Sangue do Porto uma ação de recolha de sangue para hoje, a realizar na Junta de Freguesia de Lordelo, em Guimarães, não tendo aparecido a equipa de recolha do centro.
“Tivemos que ter a equipa de voluntários da associação até às 13:00 no local, a pedir aos dadores desculpa pelo que se passou. Foram mais de 70 dadores que se apresentaram para ir dar sangue e tivemos também que agradecer e pedir desculpa às pessoas que nos cederam as instalações, que foi o caso da Junta de Freguesia de Lordelo”, lamentou.
O presidente da Associação de Dadores de Sangue de Guimarães anunciou que já enviou um e-mail ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, e ao secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Leal da Costa, “a pedir a demissão da diretora Centro Regional de Sangue do Porto, Ofélia Alves, bem como a substituição ou a instauração de um processo disciplinar à pessoa responsável pela programação das recolhas de sangue” no Porto.
“Houve aqui, como está a haver em muitos aspetos, falta de atenção e profissionalismo e por isso é que estamos a pedir neste momento ao senhor ministro a demissão das pessoas responsáveis. Se não forem, no próximo mês iremos pedir para que a Associação de Dadores de Sangue de Guimarães vá começar a trabalhar com o Centro Regional de Sangue de Coimbra, que não queremos trabalhar mais com o Norte”, disse.
Explicando que depois de contactar as pessoas devidas não conseguiu obter nenhuma explicação sobre o sucedido e que este mapa estava aprovado desde novembro de 2011 com o Centro Regional de Sangue do Porto, Alberto Mota sublinhou que “cerca de 70 a 80 pessoas que não puderam dar sangue por causa dessa falha” do centro.
“Tínhamos tudo preparado, com uma equipa de quatro voluntários que estavam no local, tínhamos a pessoa da junta de freguesia. É o Centro Regional de Sangue que faz a recolha, trazendo os profissionais e o material necessário. Nós tratamos dos voluntários, da divulgação, promoção e acompanhamento da recolha”, explicou.
A Agência Lusa tentou contactar o Centro Regional de Sangue do Porto mas até agora não conseguiu obter qualquer esclarecimento.
6 de fevereiro de 2012
@LPM Comunicação
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