David, de 12 anos, foi operado a um tumor cerebral no ano passado e fez seis semanas de radioterapia. O passo seguinte seria a quimioterapia, mas a criança quer optar por terapias alternativas devido aos efeitos secundários da quimioterapia.

A vontade do adolescente teve o apoio da mãe, mas o pai está contra essa opção e decidiu avançar com um processo judicial. Os pais de David estão divorciados.

No entanto, um juiz decidiu na semana passada que David tem o direito de decidir sobre o seu futuro, ainda que essa opção possa reduzir-lhe as hipóteses de sobrevivência.

Segundo relatórios médicos pedidos pelo tribunal, David tem possibilidades de sobrevivência na ordem dos 75% a 80% se fizer quimioterapia; caso não a faça, estas reduzem-se para os 50%.

Na Holanda, a lei é explícita e permite que crianças, com idade superior a 12 anos, tomem decisões sobre o seu tratamento em situações de risco de vida.

A lei holandesa também permite a menores com mais de 12 anos, em caso de doença terminal, optar pela eutanásia.