O número “é alto” quando comparado comparado com outros países, admitiu o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências de Saúde, Fernando Simón, na conferência de imprensa diária.
O responsável considerou no entanto que a proporção de médicos, paramédicos, enfermeiros e auxiliares infetados em relação ao total dos casos pode ser inferior, uma vez que, entre a população em geral, só são notificados os casos “basicamente” graves.
“Não é claro o número de casos na população e este valor [14,7%] poderia baixar percentualmente em relação ao total”, disse o epidemiologista, sublinhando que, ainda assim, a infeção de profissionais de saúde “é uma das preocupações” das autoridades.
O Ministério da Saúde espanhol confirmou hoje um total de 64.059 casos positivos de coronavírus no país, com um aumento nas últimas 24 horas de 14% de novos casos (7.871) e de 18,8% de novas mortes (769).
Há também 9.357 pessoas já recuperadas (mais 33%), um número que corresponde quase ao dobro do número de mortos, atualmente 4.858.
O aumento de novos casos, segundo Simón, é o menor dos últimos 15 dias, um dado positivo que “dá uma certa esperança”, mas que deve ser olhado com prudência devido a possíveis oscilações nas notificações.
Quanto ao número de mortos, o responsável apontou “uma clara estabilização”, apesar de nas últimas 24 horas terem morrido mais pessoas (769) que nas 24 horas anteriores (655).
Fernando Simón apontou ainda uma tendência de estabilização no número de hospitalizações (mais 14%) e no número de doentes internados em cuidados intensivos (mais 13,2%).
O pico do número de hospitalizações é esperado na próxima semana, adiantou.
O responsável do Ministério da Saúde admitiu que sejam tomadas novas medidas de combate à pandemia, sublinhando embora que não lhe cabe qualquer decisão nessa matéria.
“Está a ser avaliado e está sobre a mesa a possibilidade de fazer algumas alterações nas recomendações ou nas medidas atuais”, disse.
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