Portugal regista hoje 345 mortes associadas à COVID-19, mais 34 do que na segunda-feira (um aumento de 11%), e 12.442 infetados, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Enfermeiros na luta contra a COVID-19: cinco testemunhos da frente de batalha
Enfermeiros na luta contra a COVID-19: cinco testemunhos da frente de batalha
Ver artigo

Quando ao número de casos, registou-se um aumento de 6,1% face a segunda-feira (11.730). Há agora 184 recuperados em Portugal, mais 44 que ontem.

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de segunda-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (186), seguida da região Centro (88), da região de Lisboa e Vale do Tejo (64) e do Algarve (7).

Pelo menos 4.442 pessoas aguardam resultado laboratorial para a infeção pelo vírus SARS-CoV-2, sendo que 25.070 indivíduos estão em vigilância pelas autoridades de saúde. Até ao momento já se registaram 99.730 casos suspeitos, sendo que 82.846 não foram confirmados.

Imagem do boletim epidemiológico da DGS
Imagem do boletim epidemiológico da DGS

Das 345 mortes registadas, 219 tinham mais de 80 anos, 78 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 35 entre os 60 e os 69 anos, nove entre os 50 e os 59 anos e quatro óbitos entre os 40 aos 49 anos.

Das 12.442 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a grande maioria (11.262) está a recuperar em casa, 1.180 (mais 81, +7,4%) estão internadas, 271 (mais uma, +0,4) das quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

Os dados da DGS, que se referem a 79% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é o concelho que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARSCov2 (754), seguida do Porto (730 casos), Vila Nova de Gaia (551), Gondomar (528), Maia (465), Matosinhos (416), Braga (407), Valongo (387), Sintra (299) e Ovar (247).

A região Norte continua a registar o maior número de infeções, totalizando 7.052, seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo, com 3.185 casos, da região Centro (1.766), do Algarve (234) e do Alentejo, que hoje apresenta 85 casos. Há ainda 68 pessoas infetadas com o vírus da COVID-19 nos Açores e 52 na Madeira.

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (2.239), seguida dos 50 aos 59 anos (2.216), dos 30 aos 39 anos (1.818) e dos 60 aos 69 anos (1.614). Há ainda 179 casos de crianças até aos nove anos, 306 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos e nas idades entre os 20 e os 29 anos há 1.294 casos. Os dados indicam também que há 1.159 casos de pessoas com idades entre os 70 e os 79 anos e 1.617 com mais de 80 anos.

Imagem do boletim epidemiológico da DGS
Imagem do boletim epidemiológico da DGS

Segundo a DGS, 59% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 46% febre, 31% dores musculares, 28% cefaleia, 24% fraqueza generalizada e 17% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 78% dos casos confirmados.

Qual é a parte da recomendação "fiquem em casa" que não compreendem? O alerta de uma médica
Qual é a parte da recomendação "fiquem em casa" que não compreendem? O alerta de uma médica
Ver artigo

Segundo o relatório da DGS, 159 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 118 de França, 68 do Reino Unido, 43 da Suíça, 41 dos Emirados Árabes Unidos, 29 de Itália, 24 de Andorra, 21 do Brasil, 19 dos EUA, 16 dos Países Baixos, 14 da Austrália, 12 da Argentina, nove da Bélgica, nove da Alemanha, sete da Áustria, cinco do Canadá e quatro da Índia.

O boletim dá ainda conta de três casos importados do Egito, três da Guatemala e outros três de Israel, dois da Irlanda, dois do da Jamaica, dois do Luxemburgo e outros dois da Tailândia. Foram ainda importados um caso da Alemanha e Áustria e outro da Alemanha e Irlanda.

Há igualmente registo um caso importado de países como Azerbaijão, Cabo Verde, Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Malta, Maldivas, Marrocos, México, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Suécia, Ucrânia e Venezuela.

Imagem do boletim epidemiológico da DGS
Imagem do boletim epidemiológico da DGS

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil. Dos casos de infeção, cerca de 250 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

A China disse hoje que não foram registadas quaisquer mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas e que no país existem pouco mais de duas centenas de casos graves de infeção. A Comissão Nacional de Saúde da China informou que nas últimas 24 horas foram registados 32 novos casos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, todos provenientes do exterior, os chamados casos importados.

O continente europeu, com cerca de 696 mil infetados e mais de 53 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 16.523 óbitos em 132.547 casos confirmados até segunda-feira.

A Espanha é também um dos países mais atingido pelo novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, que já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

O desinfetante das mãos pode ser feito em casa ou substituído por álcool?