Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.829 mortes associadas à COVID-19 e 59.051 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Em relação a ontem, contabilizaram-se mais dois óbitos, 418 infetados e 194 recuperados. Ao todo há já 42.427 casos de recuperação em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo com 207 novas infeções e o Norte com 177 representam 92% do total de novas infeções (384 de 418).

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 849 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (673 +2), Centro (253) e Alentejo (22). Pelo menos 17 mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 334 doentes internados, menos três que ontem, e 44 em unidades de cuidados intensivos, mais três do que na quarta-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 14.795 casos ativos da infeção em Portugal - mais 222 que ontem - e 34.197 pessoas em vigilância pelas autoridades – mais 283 indivíduos.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 30.415 (+207), seguida da região Norte (21.302 +177), da região Centro (4.860 +7), do Algarve (1.141 +18) e do Alentejo (952 +3). Nos Açores, existem 216 casos confirmados (+2) e na Madeira 165 (+4).

Faixas etárias mais atingidas

Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.221 (+1) mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (362 =), entre 60 e 69 anos (160 +1) e entre 50 e 59 anos (58 =).

Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 921 são do sexo masculino e 908 do feminino.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

O boletim da DGS já não fornece números exatos sobre a distribuição demográfica de casos, mas numa nota enviada às redações esses dados são discriminados e distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo as idades até aos nove anos as menos afetadas por infeções.

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Idades com mais casos

Em termos de incidência de casos, a faixa etária entre os 30 e 39 anos é a mais atingida, contabilizando-se um total de 9.714 (+74), seguida da faixa etária entre 40 e os 49 anos, com 9.703 (+64).

Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 26.592 homens infetados e 32.459 mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 82 casos.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Último balanço de AFP

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte de pelo menos 863.679 pessoas e infetou mais de 26 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, já morreram pelo menos 863.679 pessoas e há 26.074.140 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia de COVID-19, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 17.071.200 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Nas últimas 24 horas foram registadas 5.944 novas mortes e 265.250 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes são o Brasil (1.184), Estados Unidos (1.080) e Índia (1.043).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 185.752 óbitos e 6.115.030 casos, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 2.231.757 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 123.780 mortes e 3.997.865 casos, Índia com 67.376 mortes (3.853.406 casos), México com 65.816 mortes (610.957 casos) e o Reino Unido com 41.514 mortes (338.676 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 85.077 casos (11 novos entre quarta-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhum novo) e 80.251 recuperações.

América Latina e Caraíbas totalizaram 282.980 mortes e 7.514.827 casos, a Europa 216.845 mortes (4.061.430 casos), Estados Unidos e Canadá 194.923 mortes (6.244.721 casos), Ásia 100.879 mortes (5.427.187 casos), Médio Oriente 37.014 mortes (1.526.761 casos), África 30.316 mortes (1.269.758 casos) e Oceânia 722 mortes (29.460 casos).

O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da OMS.

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