Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.827 mortes associadas à COVID-19 e 58.633 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, contabilizaram-se mais três óbitos, 390 infetados e 129 recuperados. Ao todo há já 42.233 casos de recuperação em Portugal.

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A região Norte é hoje a área do país com mais novos casos, com 184 das 390 novas infeções (47,2% do total). Em seguida surge Lisboa e Vale do Tejo (LVT) com 168 novos casos (43%).

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 849 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (671 +3), Centro (253) e Alentejo (22). Pelo menos 17 mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 337 doentes internados, menos 13 que ontem, e 41 em unidades de cuidados intensivos, menos três do que na terça-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 14.573 casos ativos da infeção em Portugal - mais 258 que ontem - e 33.914 pessoas em vigilância pelas autoridades – menos 84 indivíduos.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 30.208 (+168), seguida da região Norte (21.125 +184), da região Centro (4.853 +23), do Algarve (1.123 +11) e do Alentejo (949 +2).

Nos Açores, existem 214 casos confirmados (+1) e na Madeira 161 (+1).

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Faixas etárias mais atingidas

Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.220 mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (362), entre 60 e 69 anos (159) e entre 50 e 59 anos (58).

Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 921 são do sexo masculino e 906 do feminino.

O boletim da DGS já não fornece números exatos sobre a distribuição demográfica de casos, mas numa nota enviada às redações esses dados são discriminados e distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo as idades até aos nove anos as menos afetadas por infeções.

Em termos de incidência de casos, a faixa etária entre os 30 e 39 anos é a mais atingida, contabilizando-se um total de 9.640, seguida da faixa etária entre 40 e os 49 anos, com 9.639.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 26.372 homens infetados e 32.261 mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 82 casos.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Último balanço de AFP

A pandemia da COVID-19 causou pelo menos 857.824 mortos e 25.807.000 infetados, segundo o mais recente balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP, a partir de fontes oficiais, e hoje divulgado. De acordo com o novo balanço, que reporta às 12h00 de hoje em Lisboa, pelo menos 16.842.600 doentes ficaram curados.

A AFP ressalva que o número de casos de COVID-19 diagnosticados reflete uma parte do número real de contágios, uma vez que certos países apenas rastreiam as situações graves e outros, como os mais pobres, têm capacidades de despistagem limitadas.

Comparativamente a terça-feira, registam-se hoje mais 6.262 mortos e mais 262.790 infeções confirmadas.

Os países com mais novos óbitos são o Brasil (1.215), os Estados Unidos (1.090) e a Índia (1.045), de acordo com o balanço da AFP.

Segundo dados contabilizados pela universidade norte-americana Johns Hopkins, os Estados Unidos são o país mais afetado, tanto em número de mortos como de casos de infeção confirmados (184.689 mortos em 6.076.281 infetados).

Na lista dos países mais atingidos pela pandemia seguem-se o Brasil (122.596 mortos em 3.950.931 infetados), a Índia (66.333 mortos em 3.769.523 infetados), o México (65.241 mortos em 606.036 infetados) e o Reino Unido (41.504 mortos em 337.168 infetados).

Considerando a população, o Peru é o país com mais mortos, 88 por 100 mil habitantes, seguindo-se Bélgica (85), Espanha (62), Reino Unido (61) e Chile (59).

Por regiões e continentes, a América Latina e as Caraíbas surgem no topo, ao totalizarem, às 12:00 de hoje, 280.367 mortos em 7.437.660 casos de infeção confirmados.

Depois, surgem Europa (216.403 mortos, 4.025.582 casos), Estados Unidos e Canadá (193.854 mortos, 6.205.463 casos), Ásia (99.555 mortos, 5.332.109 casos), Médio Oriente (36.873 mortos, 1.515.498 casos), África (30.065 mortos, 1.261.375 casos) e a Oceânia (707 mortos, 29.320 casos de infeção confirmados).

A China, onde começou a pandemia, confirma oficialmente (sem incluir os territórios de Hong Kong e Macau) 85.066 infeções, das quais oito novas entre terça e quarta-feira, 4.634 mortos (sem alterações face ao balanço anterior) e 80.234 doentes curados.

O balanço feito pela AFP baseia-se em dados recolhidos junto das autoridades competentes dos diferentes países e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

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