Desde o início da pandemia, Portugal contabilizou 1.824 mortes associadas à COVID-19 e 58.243 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Em relação a ontem, contabilizaram-se mais dois óbitos, 231 infetados e 143 recuperados. Ao todo há já 42.104 casos de recuperação em Portugal.

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Lisboa e Vale do Tejo (LVT) com 119 casos e Norte com 82 representam 87% do total de novos infetados no país.

relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 849 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (668 +2), Centro (253) e Alentejo (22). Pelo menos 17 mortes foram registadas no Algarve. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.

Em todo o território nacional, há 350 doentes internados, mais um que ontem, e 44 em unidades de cuidados intensivos, mais três do que na segunda-feira.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 14.315 casos ativos da infeção em Portugal - mais 86 que ontem - e 33.998 pessoas em vigilância pelas autoridades – menos 198 indivíduos.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país que regista o maior número de infeções, com 30.040 (+119), seguida da região Norte (20.941 +82), da região Centro (4.830 +23), do Algarve (1.112) e do Alentejo (947 +3).

Nos Açores, existem 213 casos confirmados (+1) e na Madeira 160 (+3).

Faixas etárias mais atingidas

Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 1.220 mortes registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (359), entre 60 e 69 anos (159) e entre 50 e 59 anos (58).

Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 919 são do sexo masculino e 905 do feminino.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

O novo modelo do boletim da DGS deixou de fornecer números exatos sobre a distribuição demográfica de casos, mas numa nota enviada às redações esses dados são discriminados e distribuem-se por todas as faixas etárias, sendo as idades até aos nove anos as menos afetadas por infeções.

Em termos de incidência de casos, a faixa etária entre os 40 e os 49 anos continua a ser a mais atingida, contabilizando-se um total de 9.587 infeções, seguida da faixa etária entre os 30 e 39 anos, com 9.572.

Os dados indicam ainda que, desde o início da pandemia, houve 26.190 homens infetados e 32.053 mulheres, sendo que se desconhece o sexo de 82 casos.

A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Último balanço de AFP

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte de pelo menos 851.071 pessoas e infetou mais de 25,5 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, já morreram pelo menos 851.071 pessoas e há 25.533.540 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia de COVID-19, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan. Pelo menos 17.635.900 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Nas últimas 24 horas foram registadas 4.297 novas mortes e 267.187 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes são a Índia (819), Brasil (553) e Estados Unidos (465).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 183.602 óbitos e 6.031.287 casos, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 2.184.825 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 121.381 mortes e 3.908.272 casos, Índia com 65.288 mortes (3.691.166 casos), México com 64.414 mortes (599.560 casos) e o Reino Unido com 41.501 mortes (335.873 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 85.058 casos (10 novos entre segunda-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes e 80.208 recuperações.

A América Latina e as Caraíbas totalizaram 277.300 mortes e 7.354.798 casos, Europa 215.897 mortes (3.988.094 casos), Estados Unidos e Canadá 192.758 mortes (6.159.481 casos), Ásia 98.257 mortes (5.242.623 casos), Médio Oriente 36.593 mortes (1.504.235 casos), África 29.815 mortes (1.255.153 casos) e Oceânia 701 mortes (29.158 casos).

O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da OMS.

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