Milhões de crianças regressam hoje às escolas na Europa, com máscaras faciais e várias medidas de precaução para evitar que os estabelecimentos de ensino se tornem em novos focos do coronavírus SARS-CoV-2 que começam a proliferar em vários pontos da Europa.
Jovens franceses, belgas, russos e ucranianos voltam às salas de aula hoje, após os alunos alemães, escoceses e da Irlanda do Norte já terem começado nos últimos dias e semanas.
Nas escolas francesas, que recebem hoje 14,2 milhões de alunos, o uso de máscara é obrigatório para professores e alunos a partir dos 11 anos. Na Grécia, as máscaras serão exigidas desde o jardim de infância.
Se o ministro da Educação de França, Jean-Michel Blanquer, considera o novo protocolo de saúde "simples e claro", alguns professores ainda tem questões quanto à organização nas cantinas ou nos parques infantis.
Em Espanha, onde o início do ano letivo será escalonado entre os dias 04 e 15 de setembro, dependendo da região, as crianças a partir dos seis anos deverão usar a máscara na escola em todos os momentos.
Na Bélgica, a primeira-ministra, Sophie Wilmès, considerou “fundamental que as crianças possam retomar uma vida escolar normal ou tão normal quanto possível”, justificando a manutenção do início hoje das aulas.
Uma visão compartilhada pelo Governo britânico, para quem os benefícios de um retorno à escola - esta semana na Inglaterra e no País de Gales - são maiores do que os riscos potenciais.
Em alguns países, as crianças saem em turnos durante o recreio, para evitar pátios lotados. É o caso da Grécia, onde o retorno às aulas agendado para 07 de setembro pode ainda ser atrasado em uma semana.
Na Rússia, o regresso às aulas foi marcado pelo anúncio da passagem de um milhão de contaminações pelo novo coronavírus no país.
Embora a escola em Itália comece em 14 de setembro, as escolas secundárias italianas abrem hoje para cursos de recuperação para disciplinas suspensas, no que será um primeiro teste de como funcionam as normas de segurança para evitar contágios neste início do ano letivo.
Por outro lado, o Ministério das Infraestruturas e Transportes italiano aprovou na noite de segunda-feira, a pedido das regiões, o aumento de até 80% da capacidade dos meios de transporte público - atualmente era de 50% - para permitir o acesso aos serviços pelos alunos.
Cerca de 2,5 milhões de alunos israelitas da pré-escola, do ensino primário e secundário começaram a voltar às aulas hoje, em horários separados, com máscara, atestado médico e controlo de temperatura na entrada dos estabelecimentos de ensino.
Em cidades com altas taxas de contágio do novo coronavírus, 130.000 alunos não puderam retornar às aulas enquanto esperam que as infeções se estabilizem, disse o ministro da Educação, Yoav Gallant, numa entrevista à emissora pública Kan.
O Ministério da Educação israelita estabeleceu um sistema escolar que combinará o ensino presencial com o virtual, distribuirá 150.000 computadores portáteis entre as populações mais desfavorecidas e atualizará ou integrará as infraestruturas tecnológicas nas 3.600 escolas do país.
Em Portugal, o próximo ano letivo arranca entre 14 e 17 de setembro, com o regresso das atividades letivas presenciais, depois de um ano que terminou com ensino a distância, devido à pandemia da COVID-19.
A pandemia de COVID-19 já provocou pelo menos 847.071 mortos e infetou mais de 25,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.822 pessoas das 58.012 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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