De acordo com um comunicado do Governo de Itália, citado pela agência France-Presse (AFP), a decisão, que foi conhecida depois de um longo conselho de ministros - que decorreu na noite de sexta-feira para sábado -, prevê a contratação de 5.000 médicos especialistas, 10.000 enfermeiros e 5.000 cuidadores.

Devido à propagação do surto do novo coronavírus, o decreto-lei do executivo prevê a possibilidade de recrutar médicos que já estejam aposentados.

O Governo italiano vai também aumentar o número de camas para terapia intensiva de 5.000 para 7.500, um incremento que vai duplicar o número de vagas nos departamentos de pneumologia e doenças infecciosas.

A nota do Governo esclarece que estas medidas representam um investimento de mil milhões de euros, incluídos nos 7,5 mil milhões de euros disponibilizados para “responder aos requisitos extraordinários e urgentes devido à disseminação do COVID-19 e garantir os níveis essenciais de assistência”.

Os autarcas italianos também têm a possibilidade de requisitar hotéis para alojar pessoas em quarentena.

Haverá ainda um incentivo governamental de 50 milhões de euros para empresas que produzem máscaras de proteção e outros produtos de saúde que permitam conter a epidemia.

O número de pessoas infetadas em todo o mundo pelo novo coronavírus aumentou para 101.988, dos quais morreram 3.491, segundo um balanço feito pela AFP, com dados atualizados às 09:00 deste sábado.

Citando fontes oficiais, a AFP diz que, no total, foram registadas 1.146 novas contaminações e 35 mortes desde o último balanço, realizado às 17:00 de sexta-feira.

Até ao momento, há registo de casos em 94 países, entre os quais Portugal. De acordo com os últimos dados da Direção-Geral da Saúde, Portugal tem 13 casos confirmados de COVID-19, a doença provocada pelo coronavírus.

Com base no número mundial de infetados, a taxa de letalidade é de 3,4%, sendo que até ao momento a maioria já recuperou.

O balanço da AFP mostra que a China, à exceção dos territórios de Hong Kong e Macau, conta com 80.651 casos, dos quais 3.070 morreram.

A AFP diz que, entre o final da tarde de sexta-feira e a manhã de sábado, surgiram 99 novas contaminações e 28 mortos na China. No resto do mundo, registaram-se 1.047 novos casos desde as 17:00 de sexta-feira.

Depois da China, os países mais afetados são a Coreia do Sul (6.767 casos, dos quais 483 são novos), Irão (4.747 casos, com 124 mortes), Itália (4.636 casos, 197 mortes) e Alemanha (684 casos, sem registo de casos mortais).

O balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).