O organismo sediado em Bruxelas, que agrega mais de 90 entidades internacionais independentes de teste, inspeção e certificação de produtos e do qual faz parte o instituto português ISQ, denunciou a falsificação em grande escala de certificados de avaliação de conformidade e apelou ao público para fazer a verificação da validade e da segurança destes equipamentos.
“É vital que os equipamentos de saúde e segurança garantam a proteção adequada àqueles que os utilizam e cumpram os padrões exigidos. Equipamentos de proteção genuínos são fundamentais para proteger vidas e impedir a propagação do vírus. Solicitamos às pessoas que compram EPI que garantam a autenticidade e validade dos certificados de segurança e qualidade”, afirmou a diretora-geral do TIC Council, Hanane Taidi.
Numa nota enviada às redações, o ISQ, através do seu presidente, Pedro Matias, lembrou que é a “saúde de todos nós que poderá estar em causa” com equipamentos que não protejam devidamente os seus utilizadores face à propagação do SARS-CoV-2, envolvendo também os Estados no controlo a eventuais práticas fraudulentas de certificação.
“A última coisa que os consumidores querem que aconteça são falsificações e equipamentos não-conformes com as normas internacionais, por isso é da maior importância que tanto os compradores como os governos e as autoridades existentes nesta matéria estejam muito atentos a isto”, indicou o líder do ISQ em comunicado.
Nesse sentido, o TIC Council deu instruções aos compradores para solicitarem o certificado ao fornecedor do EPI ou dispositivo médico, validarem o respetivo certificado junto do organismo de avaliação de conformidade identificado no produto e, finalmente, entrarem em contacto com a associação internacional em caso de suspeita de fraude.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 928 pessoas das 24.027 confirmadas como infetadas, e há 1.357 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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