O Governo da Etiópia confirmou hoje o seu primeiro caso de infeção pelo novo coronavírus, um cidadão japonês de 38 anos que chegou a Adis Abeba proveniente do Burkina Faso, o que elevou para 13 os países da África Subsaariana afetados pela doença.
Em todo o continente africano, são agora 17 os países que reportaram casos da doença Covid-19, segundo os mais recentes dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em conferência de imprensa, a ministra etíope da Saúde, Liya Tadesse, indicou que homem chegou ao país em 04 de março e está em isolamento.
A governante assinalou ainda que foram identificadas outras pessoas que estiveram em contacto com o doente japonês e que foram colocadas em quarentena.
O anúncio do caso na Etiópia surgiu poucas horas depois do vizinho Quénia ter confirmado o seu primeiro caso de coronavírus, uma cidadã queniana que regressou a Nairobi, proveniente dos Estados Unidos da América com escala em Londres, em 05 de março.
Também a Guiné-Conacri divulgou hoje o seu primeiro caso da doença, uma cidadã belga que trabalha na delegação da União Europeia no país.
O Gana confirmou os seus dois primeiros casos, depois de os testes a dois doentes vindos da Turquia e Noruega terem dado positivo.
Na noite de quinta-feira, o Gabão deu a conhecer o seu primeiro caso, um cidadão gabonês regressado de França.
Com a divulgação destes casos são agora 13 os países da África Subsaariana com registo da doença: África do Sul (17), Senegal (10), Nigéria (02), Camarões (02), Burkina Faso (02), República Democrática do Congo (02), Gana (02), Togo (01), Costa do Marfim (01), Gabão (01) Quénia (01), Etiópia (01) e Guiné-Conacri (01).
Há ainda no resto do continente casos reportados no Egito (67), Argélia (25), Tunísia (07) e Marrocos (06).
No total, África regista até ao momento 148 casos de infeção pelo novo coronavírus.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde comunicou hoje que o número de pessoas infetadas subiu para 112.
O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou pandemia na quarta-feira. O número de infetados ultrapassou as 135 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios.
Portugal ordenou o encerramento de todas as escolas a partir de segunda-feira, bem como outras medidas. Esta semana já tinha sido anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália.
A DGS fez na quinta-feira novas recomendações à população.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins-de-infância e outras instituições de ensino.
Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo em Roma decidiu na segunda-feira alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.
Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.
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