Portugal regista esta terça-feira mais 33.340 casos de COVID-19 e 28 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.
Desde março de 2020, morreram 19.161 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.693.398 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.
De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 43.513 casos de recuperação - um novo máximo - nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.404.786 doentes recuperados da doença em Portugal.
A região do Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 39,8% dos diagnósticos.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.065 (+9), seguida do Norte com 5.823 óbitos (+10), Centro (3.389, +3) e Alentejo (1.097, +1). Pelo menos 601 (+4) mortos foram registados no Algarve. Há 132 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 54 (=) óbitos associados à doença.
Internamentos descem
Em todo o território nacional, há 1.564 doentes internados, menos 24 do que ontem, e 153 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos oito face ao dia anterior.
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 269.451 casos ativos da infeção em Portugal — menos 10.201 do que ontem — e 224.730 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 3.243 do que no dia anterior.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 672.557 (+12.390), seguida da região Norte (615.995 +13.253), da região Centro (229.712 +3.907), do Algarve (67.242, +686) e do Alentejo (57.271 +725). Nos Açores existem 15.331 casos contabilizados (+243) e na Madeira 35.290 (+2.136).
O que nos diz a matriz de risco?
Portugal apresenta uma incidência de 3.204,4 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,24. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.
No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,24. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.
Faixas etárias mais afetadas
O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.402 registadas (+20) desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.167, +3), entre 60 e 69 anos (1.765, +1) entre 50 e 59 anos (562, +2), 40 e 49 anos (194, +1) e entre 30 e 39 anos (50, =). Há ainda 15 mortes registadas (+1) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.
Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.079 são do sexo masculino e 9.082 do feminino.
A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 287.124 infeções (+5.580), seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 284.488 (+6.631), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 260.123 (+5.532). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 233.402 reportadas (+5.090). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 185.610 (+3.882), entre os 60 e os 69 anos soma 149.204 (+2.644) e a dos 0-9 anos tem 115.399 infeções reportadas (+2.282) desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 89.463 infeções (+664) e dos 70 aos 79 anos, com 88.199 casos (+1.284).
Desde o início da pandemia, houve 794.635 homens infetados e 896.930 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1.883 pessoas.
Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?
A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Mais de 50% dos europeus poderão contrair ómicron
A Organização Mundial de Saúde previu hoje que mais de metade dos europeus poderá ficar infetada com a variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, reconhecendo que fez aumentar as hospitalizações, mas não as mortes atribuídas à covid-19.
Apesar da rapidez "sem precedente" de contágio, "há uma quantidade maior de casos assintomáticos, há uma quantidade menor de pessoas que precisam de ser hospitalizadas e as taxas de mortalidade nos hospitais são mais baixas", sublinhou em conferência de imprensa o diretor europeu da organização, notando a eficácia das vacinas já aprovadas.
Hans Kluge afirmou que ao ritmo atual, se prevê que mais de 50 por cento da população da região será infetada pela Ómicron nas próximas seis a oito semanas", indicando que as mutações dessa variante "lhe permitem aderir mais facilmente às células humanas, podendo infetar mesmo as pessoas que foram já infetadas ou estão vacinadas".
Hans Kluge reforçou que a disseminação da variante fez aumentar o número de pessoas internadas com covid-19 mas que a taxa de mortalidade se mantém estável.
Na região europeia da OMS, que inclui 53 países, registaram-se mais de sete milhões de contágios durante a primeira semana de 2022 e, de acordo com dados atualizados na segunda-feira, 26 países comunicaram que acima de 01% da sua população tinha testado positiva para o SARS-CoV-2 a cada semana.
Para o responsável, que assinalou o contágio "sem precedente", a vaga atual "desafia os sistemas de saúde e a prestação de serviços em vários países onde a Ómicron se propagou rapidamente".
Veja ainda: Estes são os vírus mais letais do mundo
Gostava de receber mais informações sobre este tema? Subscreva a nossa newsletter e as nossas notificações para que nada lhe passe ao lado.
Comentários