Portugal regista esta quarta-feira mais 20.041 casos de COVID-19 e 46 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 20.666 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 3.131.899 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 20.347 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.574.750 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) é a área do país com mais novas notificações, num total de 34,1% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.610 (+12), seguida do Norte com 6.313 óbitos (+16), Centro (3.665, +12) e Alentejo (1.153, +2). Pelo menos 666 (+2) mortos foram registados no Algarve. Há 179 mortes (+2) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 80 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos descem

Em todo o território nacional, há 2.141 doentes internados, menos 129 face ao valor de ontem, e 142 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos cinco face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 536.483 casos ativos da infeção em Portugal — menos 352 do que ontem — e 561.116 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 13.672 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
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A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.198.738 (+5.594), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.111.346 +6.831), da região Centro (464.530 +3.819), do Algarve (125.751 +1.371) e do Alentejo (109.416 +1.060).

Nos Açores existem 49.488 casos contabilizados (+797) e na Madeira 72.630 (+569).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 4.390,9, casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - menos do que os 4.989,6 casos de segunda-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,76, inferior aos 0,81 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 0,75. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13.391 (+33) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.467, +7), entre 60 e 69 anos (1.899, +2) entre 50 e 59 anos (612, +2), 40 e 49 anos (217, +2) e entre 30 e 39 anos (55, =). Há ainda 19 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.866 são do sexo masculino e 9.800 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 545.946 infeções (+3.125), seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 497.557 (+2.854), e da faixa etária dos 20 aos 29 anos com, 482.480 (+2.963). Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 417.902 (+3.592) reportadas. A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 375.148 (+1.924), entre os 0-9 anos soma 325.507 (+2.358) e a dos 60 e os 69 anos tem 229.017 (+1.312) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 135.498 (+967) e dos 80 ou mais anos, com 122.844 (+946) casos.

Desde o início da pandemia, houve 1.460.583 homens infetados e 1.668.524 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.792 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Pico da quinta vaga da pandemia em Portugal atingido no dia 28 de janeiro

O pico da quinta vaga da pandemia de COVID-19 foi atingido no dia 28 de janeiro e Portugal já está numa fase decrescente da onda pandémica relacionada com a Ómicron, avançou hoje o perito da DGS Pedro Pinto Leite.

“Portugal passou por cinco grandes ondas epidémicas e encontramo-nos na quinta maior onda desde o início da pandemia”, afirmou o especialista em Saúde Pública na reunião do Infarmed, que está a decorrer em Lisboa e que junta especialistas e responsáveis políticos.

Segundo dados apresentados por Pedro Pinto Leite, atualmente a incidência cumulativa a sete dias por 100 mil habitantes, entre 07 e 13 de fevereiros, é de 1.562 casos, o que representa menos 45% relativamente ao período homólogo e indica que Portugal de encontra “numa tendência decrescente” da pandemia.

“O pico da incidência terá ocorrido no dia 28 de janeiro com 2.789 casos a sete dias por 100 mil habitantes”, salientou o especialista da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Durante a apresentação da “caracterização da situação epidemiológica” da COVID-19 no país, o especialista explicou que habitualmente a incidência cumulativa era apresentada a 14 dias, mas passou a ser aos sete dias por ser “um indicador mais precoce relativamente ao surgimento de alterações na incidência”.

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