“O próprio parlamento tomou todas as medidas necessárias e suficientes para cumprir as regras que estão estabelecidas para eventos deste tipo”, afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia em Portugal.
Graça Freitas salientou que o plano de contingência para a covid-19 da Assembleia da República inclui “todas as condições que permitem assegurar a cerimónia com a dignidade que esta merece e, obviamente, cumprindo regras de segurança e de controlo de infeção e distanciamento social”.
Na segunda-feira, a DGS reuniu-se com os serviços do parlamento para discutir as comemorações da revolução de 1974, um encontro que Graça Freitas descreveu como “perfeitamente pacífico”, sem qualquer problema que “já não estivesse previsto pelo parlamento”.
As comemorações poderão até “servir de exemplo” para os cidadãos, considerou.
Devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, a Assembleia da República decidiu na quarta-feira passada realizar a sessão solene do 25 de Abril no parlamento com um terço dos deputados (77 dos 230 parlamentares) e menos convidados, com o gabinete do presidente do parlamento, Ferro Rodrigues, a estimar que estejam presentes cerca de 130 pessoas, contra as 700 do ano passado.
A decisão da conferência de líderes teve o apoio da maioria dos partidos: PS, PSD, BE, PCP e Verdes. O PAN defendeu o recurso à videoconferência, a Iniciativa Liberal apenas um deputado por partido, enquanto o CDS-PP - que propôs uma mensagem do Presidente da República ao país - e o Chega foram contra.
Portugal regista 762 mortos associados à covid-19 em 21.379 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
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