“Desde o início do surto de Covid-19, houve um aumento do número de vendedores desonestos que começaram a vender produtos falsificados ‘on-line’ para, alegadamente, prevenir ou curar o novo coronavírus”, alertou hoje o executivo comunitário.
Especificando que “estas falsas alegações incluem vários materiais, como máscaras, bonés e desinfetantes para as mãos”, a Comissão Europeia censura que “estes vendedores se estejam a aproveitar da situação atual para vender os seus produtos a preços muito elevados, dizendo, por exemplo, que estes materiais se estão a esgotar e assim enganando os consumidores da UE”.
Para resolver esta questão, a Comissão Europeia e a rede de autoridades nacionais de defesa do consumidor a nível da UE lançaram ações conjuntas de controlo nas vendas ‘online’, um trabalho que foi iniciado pela entidade italiana deste setor.
Estes organismos estão agora a “partilhar ativamente informações e a trabalhar em conjunto numa abordagem consistente para combater estas práticas e garantir que os consumidores não são enganados por vendedores desonestos”, aponta o executivo comunitário em comunicado.
Citado pela nota, o comissário europeu para Justiça e Consumidores, Didier Reynders, vinca: “Não aceitaremos que os vendedores joguem com os medos dos consumidores devido ao surto de Covid-19 na UE”.
Notando que plataformas digitais como a Amazon e o Facebook começaram, voluntariamente, a adotar medidas contra a publicidade destes produtos enganosos, o comissário europeu exorta “atores, incluindo mercados ‘on-line’ e plataformas de media, a cooperar para combater este comportamento predatório”.
“Posso garantir que a Comissão e as autoridades competentes dos Estados-Membros usarão todos os seus poderes para reprimir os comerciantes desonestos”, assegura Didier Reynders.
O comissário europeu apela ainda, dada a “urgência da situação”, a que as autoridades dos Estados-membros adotem rapidamente medidas nacionais para coibir estas fraudes.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).
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