De acordo com o boletim diário da Direção-geral da Saúde (DGS), registaram-se até ao momento 76 mortes por COVID-19 em Portugal, mais 16 do que ontem, e existem 4.268 casos confirmados da infeção em território nacional, um aumento de 20,4% (mais 724 casos face a quinta-feira).

Relativamente a quinta-feira, em que se registaram 60 mortes, observou-se um aumento de 26,6%.

Há, ao todo, 43 casos de doentes recuperados em Portugal: 16 estão no Norte, 10 no Centro e 17 em Lisboa e Vale do Tejo.

Segundo o documento da DGS divulgado esta manhã, pelo menos 3.995 pessoas estão ainda a aguardar o resultado laboratorial e 19.816 cidadãos permanecem em vigilância pelas autoridades.

Boletim da dgs
Excerto do boletim da Direção-geral da Saúde

Os dados do boletim indicam que dos casos confirmados de infeção por SARS-COV-2, 354 estão internados, dos quais 71 em unidades de cuidados intensivos.

Quando ao número de mortes, 33 ocorreram no Norte, 18 no Centro, 24 em Lisboa e 1 no Algarve. Não há registo de qualquer óbito nos arquipélagos da Madeira e Açores, nem no Alentejo.

Mais de 80% dos óbitos associados à covid-19 em Portugal são de pessoas com 70 anos ou mais, indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). A maioria das mortes (43) ocorreram em pessoas com mais de 80 anos. Há ainda 18 mortes no grupo etário dos 70-79 anos, 10 óbitos entre os 60-69 anos, 4 entre os 50-59 anos e 1 entre os 40-49 anos.

Por sexo, o género com mais óbitos é o masculino com 49 mortes. No sexo feminino há registo de 27 fatalidades.

Excerto do boletim da Direção-geral da Saúde
Excerto do boletim da Direção-geral da Saúde

Segundo o boletim da DGS divulgado hoje, desde 1 de janeiro, já se registaram até ao momento em Portugal 25.431 casos suspeitos e 17.168 não confirmados de COVID-19.

Parte (51%) dos pacientes apresenta ou apresentou febre e tosse (60%), sendo que 35% registaram também dores musculares, 24% tiveram fraqueza generalizada, 19% dificuldade respiratória e 28% cefaleia. No entanto, só existe informação reportada sobre sintomas em 63% dos casos confirmados.

Excerto do boletim da Direção-geral da Saúde
Excerto do boletim da Direção-geral da Saúde

A região Norte é aquela que regista o maior número de casos confirmados da infeção (2.443), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (1.110), Centro (520), Algarve (99) e Alentejo (30).

O boletim da DGS indica que a Madeira apresenta 21 casos positivos e os Açores 24, embora a Administração Regional de Saúde local tenha aumentado esta tarde esse número para 25. Há ainda 21 casos de doentes com residência fora do país.

Quanto à faixa etária com mais casos, esta situa-se entre os 40-49 anos com 821 casos (259 são homens e 462 são mulheres). No entanto, existem 4 casos cuja idade ainda está a ser apurada.

Existem 330 casos importados em Portugal oriundos de vários países: há 105 casos que resultam da importação do vírus de Espanha, 72 de França, 21 de Itália, 22 da Suíça, 27 do Reino Unido, 7 dos Países Baixos, 8 do Brasil, 13 de Andorra, 4 da Áustria, 17 dos Emirados Árabes Unidos, 3 da Índia, 7 da Alemanha, 5 da Bélgica, 2 dos Estados Unidos, 2 da Argentina, 1 da Alemanha/Áustria, 1 do Irão, 2 do Egito, 1 da Dinamarca, 1 da Jamaica, 1 das Maldivas, 1 da Venezuela, 1 de Cuba, 1 de Israel, 1 do Luxemburgo, 1 da Polónia, 1 do Qatar, 1 da República Checa e 1 da Tailândia.

Os três concelhos com mais casos casos confirmados são Porto (317), Lisboa (284) e Vila Nova de Gaia (262).

Excerto do boletim da Direção-geral da Saúde
Excerto do boletim da Direção-geral da Saúde

Os números do boletim divulgado esta sexta-feira foram contados até às 0:00 de hoje.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 25 mil pessoas.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 275.000 infetados e 16.000 mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até hoje.

Mapa interativo com casos e mortes

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Os países mais afetados

Os países mais afetados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.234 mortes reportadas (29.406 casos), a França, com 1.696 mortes (29.155 casos), e os Estados Unidos, com 1.178 mortes.

A pandemia de covid-19 continua a alastrar em Espanha que regista já 4.858 óbitos, 64.059 infeções e 9.357 recuperados. Os números foram divulgados esta sexta-feira pelas autoridades de saúde espanholas.

Os Estados Unidos tornaram-se quinta-feira o país com mais casos de infeções no mundo, ultrapassando Itália e a China, com mais de 85 mil casos.

Vários países adotaram medidas excecionais, como a declaração do estado de emergência, o regime de quarentena obrigatório ou o encerramento de fronteiras.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, embora o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tenha já admitido prolongar o mesmo.

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