O avião da Força Aérea Portuguesa que vai trazer os 17 portugueses e as duas cidadãs brasileiras repatriados de Wuhan, China, deverá chegar por volta das 20h30 à base de Figo Maduro, em Lisboa, disse fonte do Ministério da Saúde. Estão também a bordo duas cidadãs de nacionalidade brasileria, jogadoras de futebol, que tiveram o apoio da Embaixada de Portugal, em Pequim, para embarcar nesta operação de repatriamento.
A mesma fonte adiantou que está agendada, também para hoje, às 21h00, uma conferência de imprensa da ministra da Saúde, Marta Temido, para abordar o tema.
A ligação entre França e Portugal está a ser acompanhada por uma equipa médica. Os 17 portugueses e as duas brasileiras chegaram este domingo, pelas 13h30 (hora em Lisboa), a uma base militar nos arredores de Marselha, sul de França.
Em declarações à TSF, Miguel Matos, um dos passageiros portugueses que embarcou neste voo, afirmou que a viagem foi bastante tranquila e que estavam a fazer um check-up com uma equipa médica francesa. Os passageiros também irão fazer novo check-up quando chegarem a território português. De acordo com o português, a maioria dos portugueses, ele incluído, vão optar por fazer o período de quarentena, apesar de as análises prévias feitas na China não terem revelado sintomas do novo coronavírus.
Os cidadãos nacionais fazem parte de um grupo de 250 europeus que foram retirados da China num voo da companhia aérea portuguesa Hi Fly, fretado pelo Governo em Paris.
Todos os 17 portugueses e as duas cidadãs brasileiras foram autorizados a embarcar em Wuhan em direção à Europa, após as análises realizadas pelas autoridades de saúde chinesas não terem revelado sintomas do novo coronavírus. De acordo com o secretário de Estado da Proteção Infantil, Adrien Taquet, citado pela France-Presse, nenhum dos passageiros apresentou sintomas de infeção durante a viagem.
Este é o segundo avião que aterra em França proveniente da China. O primeiro tinha aterrado na sexta-feira com 180 pessoas a bordo.
Dois hospitais vão receber portugueses regressados de Wuhan
O Hospital Pulido Valente, em Lisboa, e o Hospital Militar, no Porto, serão as unidades que dispõe de instalações para albergar estes portugueses que regressam da zona de Wuhan.
A diretora-geral da Saúde (DGS), Graça Freitas, convocou na sexta-feira ao fim da tarde uma conferência de imprensa em que admitiu que o grupo de portugueses que vai regressar da China é "especial", por estar no "epicentro de uma nova doença".
Graça Freitas indica que o Ministério disponibiliza instalações "tranquilas e dignas" para que possam estar em "isolamento profilático", desde que os cidadãos aceitem estas condições. Segundo a DGS, os cidadãos repatriados serão aconselhados a estar em quarentena durante 14 dias. Podem fazê-lo em casa ou nas unidades disponibilizadas supra referidas.
Veja em baixo o mapa interativo com todos os casos de coronavírus confirmados
Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
Vírus continua a alastrar
A China elevou para 305 mortos e mais de 14 mil infetados o número de vítimas da doença no último balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há dezenas de casos de infeção confirmados em 25 outros países.
A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial. Esta é a sexta vez que a OMS declara uma emergência de saúde pública de âmbito internacional. Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e a exigência de uma resposta internacional coordenada.
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Artigo atualizado às 20h02 com a informação de duas cidadãs brasileiras a bordo do C-130.
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