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Prevê-se que até final do primeiro trimestre o CRN tenha 40 doentes internados
5 de fevereiro de 2014 - 14h07
O Centro de Reabilitação do Norte, em Vila Nova de Gaia, que está em funcionamento há cerca de um mês, tem já 25% da sua capacidade de internamento preenchida, disse hoje o diretor clínico da unidade.
“O nosso objetivo é responder às necessidades da região Norte na área da Medicina Física e da Reabilitação”, afirmou Rúben Almeida.
No final de uma visita às instalações desta nova unidade de saúde gerida pela Santa Casa da Misericórdia, no âmbito de um protocolo assinado com o Ministério da Saúde, o responsável salientou que a ação do CRN será essencialmente centrada em doentes do foro neurológico.
Ou seja, será “muito especialmente dirigida a doentes que sofreram acidentes vasculares cerebrais (AVC), a doentes com lesões vertebromedulares (paraplégicos e tetraplégicos) e doentes com traumatismo cranioencefálico”, disse.
“Além destes, vamos ter uma valência que é a Pediatria, onde não existia qualquer resposta de reabilitação adequada no Norte e Centro do país”, acrescentou.
No internamento, de acordo com o diretor clínico, estão preenchidas 26 camas, prevendo-se que até final do primeiro trimestre o CRN tenha 40 doentes internados.
“Depois entraremos num processo de preenchimento até chegarmos às 102, no final do ano”, disse.
Dos oito consultórios disponíveis, seis já estão a funcionar, estimando-se que neste ano sejam realizadas 13 mil consultas.
A Santa Casa da Misericórdia do Porto assumiu por três anos a gestão do Centro de Reabilitação do Norte, estando prevista a transferência, aprovada em Conselho de Ministros, de 27,6 milhões de euros para o efeito.
Pronta desde julho de 2012, a obra do novo centro de reabilitação foi lançada em junho de 2010 pela então ministra da Saúde, Ana Jorge, e a empreitada apresentava então um custo previsto de cerca de 32 milhões de euros e deveria estar concluída em “22 a 24 meses”.
O centro é uma unidade que vai receber doentes de toda a região norte e que visa beneficiar os utentes portadores de défices, incapacidades e limitações de programas de reabilitação validados cientificamente.
No que se refere aos recursos humanos, o acordo assinado com o Governo estipula que “cerca de 30 por cento do quadro de pessoal virá da função pública. O restante pessoal será oriundo da rede da SCMP, nomeadamente do Hospital de Prelada”, disse o provedor.
Uma das apostas é fazer investigação relacionada com as patologias a que o CRN dá resposta. Nesse sentido, o provedor disse que têm sido feitos contactos com a Universidade do Porto e que o reitor se disponibilizou para colaborar.
O objetivo seria desenvolver investigação, sobretudo na área da biomecânica, juntando investigadores de Medicina, Motricidade Humana e Ciências, no edifício clássico onde funcionou o sanatório.
SAPO Saúde com Lusa
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