Segundo o Governo brasileiro, a idade média dos infetados é de 42 anos, sendo que o país já descartou 1.890 casos suspeitos. São Paulo continua a ser o estado mais afetado pela Covid-19, com 164 infetados, seguindo-se o Rio de Janeiro com 33 casos confirmados.

Estes são também os únicos estados brasileiros que registam casos de transmissão comunitária, que é quando há uma maior difusão do vírus, e as autoridades de saúde já não conseguem identificar a trajetória de infeção.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Em conferência de imprensa, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, apelou para que os doentes sem sintomas graves façam os seus tratamentos no domicílio, de forma a libertar camas para os pacientes em estado mais grave.

Foi ainda em São Paulo que foi anunciada hoje a primeira morte causada pelo novo coronavírus, um homem de 62 anos que estava internado num hospital privado e que tinha histórico de hipertensão e diabetes.

A vítima mortal morava na zona sul de São Paulo e não tinha viajado ao exterior.

O infetologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência para o novo coronavírus no estado de São Paulo, explicou que o homem teve sintomas da doença no dia 10 de março, tendo sido internado quatro dias depois, e morrido na tarde de segunda-feira.

David Uip disse ainda que existem quatro outros óbitos, no mesmo hospital, cuja ligação ao novo coronavírus ainda está a ser investigada.

Nos últimos dias, a primeira vítima mortal no Brasil teve contacto próximo com os pais, ambos com mais de 80 anos, com o irmão de 61, e com as duas irmãs, de 60 e 55 anos.

Ao jornal O Globo, o irmão da vítima disse que os cinco familiares relataram sintomas como tosse, febre e falta de ar, mas ainda não conseguiram fazer o teste para a Covid-19.

Portugal registou ontem a primeira morte por COVID-19, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido. Trata-se de um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Há pelo menos 448 pessoas infetadas em Portugal, segundo o boletim diário de hoje da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Numa mensagem em vídeo, o Presidente da República anunciou no domingo uma reunião do Conselho de Estado na quarta-feira para "analisar a situação". Marcelo Rebelo de Sousa deverá decidir amanhã se decreta ou não Estado de Emergência, um estado de exceção que só pode ser declarado em casos de grave ameaça ou perturbação da ordem democrática ou de calamidade pública.

O Governo português declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira, a doença COVID-19 como pandemia, justificando tal denominação com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”. O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 7.000 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 175 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins de infância e outras instituições de ensino.

França decretou o isolamento obrigatório na segunda-feira e suspendeu a segunda volta das eleições municipais.

Cronologia: Os principais acontecimentos ligados à pandemia de COVID-19
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Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, comunicou na semana passada ao país o encerramento de todas as escolas para travar a proliferação do coronavírus, entre outras medidas.

Também foi anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália e de e para Espanha.

A Direção-Geral de Saúde reforçou as recomendações à população.

Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu há uma semana alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.

Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

Acompanhe aqui, ao minuto, todas as informações sobre o novo coronavírus em Portugal e no mundo.

Como se transmite um coronavírus?

Após a primeira morte em território brasileiro, o ministro da Saúde afirmou que “ainda não tem condições de indicar a letalidade” que o vírus terá no país, acrescentando que o “Brasil é um país jovem” e que ainda tem muitas questões acerca do comportamento da Covid-19.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos).

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.