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Caso de fraude relacionada com o comércio de ovos biológicos veio a lume na Alemanha
26 de fevereiro de 2013 - 14h34
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) garantiu esta terça-feira que não foi detetada em Portugal nenhuma “fraude” relacionada com ovos biológicos como a denunciada na Alemanha e garantiu que são feitas fiscalizações com regularidade.
O ministério alemão da Agricultura anunciou hoje que dezenas de explorações agrícolas alemãs são suspeitas de terem vendido ovos como "biológicos" ou de galinhas criadas ao ar livre sem cumprirem as especificações para esse tipo de denominação.
O inspetor-geral da ASAE, António Nunes, assegurou que o organismo e a Direção Geral de Alimentação e Veterinária fazem regularmente fiscalizações nos mercados e nos aviários, respetivamente, não tendo sido detetada qualquer situação semelhante à da Alemanha.
“Recentemente fizemos algumas fiscalizações por causa dos ovos, não por causa da qualidade, mas por causa das gaiolas de produção melhorada [uma diretiva comunitária sobre o espaço que a galinha poedeira deve ter] e apreendemos cerca de 150 mil ovos”, disse, realçando que não foram encontrados ovos convencionais com o rótulo de biológicos.
António Nunes garantiu ainda que os ovos, porque são um dos 10 produtos base mais consumidos pelos portugueses, são alvo de fiscalizações constantes nos hipermercados, supermercados e centros de classificação.
Os ovos apreendidos foram depois doados a uma Instituição de Solidariedade Social.
O responsável referiu que, na Alemanha, foram introduzidos “ovos que são convencionais rotulando-os como biológicos”, sendo que estes são mais caros.
”Quando vamos [ASAE] ao supermercado, temos de conferir o que lá está com as guias e se tudo bater certo não é muto fácil de detetar a fraude. Só é fácil de perceber quando começam a introduzir um número excessivamente grande de ovos no mercado como o caso da Alemanha”, disse.
Lusa
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