Num estudo publicado esta segunda-feira (23/01), a associação de defesa dos consumidores diz que identificou carne guardada a temperaturas demasiado altas, "milhões de bactérias por grama", entre as quais a 'salmonella' e outras de origem fecal, demasiada gordura e sulfitos usados ilegalmente como conservantes.

"Desaconselhamos de todo a compra de carne previamente picada e de hambúrgueres frescos já preparados nos talhos", disse o técnico Nuno Lima Dias, que defende que o Governo deve proibir a venda deste formato.

Para o estudo, a Deco foi a 25 talhos de Lisboa e Porto e pediu hambúrgueres de carne de vaca que não contivesse cereais ou vegetais, para que estivesse livre de sulfitos, mas mesmo assim encontrou este tipo de conservantes de forma "escondida e ilegal" em 80 por cento das amostras, por vezes em "quantidades enormes". Os sulfitos podem provocar alergias, náuseas, dores de cabeça, problemas de pele, digestivos e respiratórios, alertou, acrescentando que a reação alérgica pode, embora em casos muito raros, ser potencialmente mortal.

Em declarações à TSF, Pedro Portugal Gaspar, inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), diz que a autoridade visitou 610 estabelecimentos de carne em 2016 e que a percentagem de incumprimento foi de 11%.

O inspetor garante por isso não haver qualquer sinal de alarme, caso contrário, a ASAE já teria atuado.

"Não me parece que estejamos numa situação de emergência que implique medidas de interdição de consumo", disse Pedro Portugal Gaspar à referida estação de rádio.

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