O estudo publicado na revista “Brain” põe por terra a ideia de que o treino por neurofeedback - um dos mais eficazes no tratamento das disfunções do sono e que consiste na exercitação direta das funções cerebrais - pode ser inútil quando comparado com os resultados de um placebo.

Uma equipa de investigadores liderada por Manuel Schabus, da Universidade de Salzburgo, na Áustria, demonstrou que os pacientes que acreditaram que tinham sido submetidos a um treino por neurofeedback tinham recebido os mesmos benefícios do que aqueles que tinham de facto feito o treino.

Para o estudo, a equipa recrutou 30 pacientes com insónia primária. Os voluntários foram divididos em dois grupos e submetidos a doze sessões de neurofeedback ou a doze sessões com um treino placebo.

Antes e depois das sessões, os participantes foram sujeitos a eletroencefalogramas.

Os investigadores apuraram que tanto o neurofeedback como o placebo revelaram-se igualmente eficazes em medições subjetivas das queixas relacionadas com o sono, o que sugere que as melhorias observadas tiveram origem em fatores não específicos, como sentir confiança e receber cuidado e empatia por parte dos investigadores.