De forma geral, as pessoas que sofrem com estes sintomas, apresentam-nos durante longos períodos de tempo, fator que contribui consideravelmente para o grande impacto que esta patologia tem na qualidade de vida dos doentes.  

Apesar da origem desta patologia não estar completamente identificada, sabe-se resultará de uma combinação de fatores físicos e psicológicos e que a causa subjacente poderá divergir de pessoa para pessoa, bem como as manifestações da mesma. 

Além disso, a história natural da SII pode ser influenciada por outros problemas de saúde como a obesidade, bem como por estilos de vida e alimentação pouco saudáveis, pelo que o tratamento desta condição passa frequentemente por alterações no estilo de vida individual, nomeadamente no que diz respeito ao controlo dietético, à prática de exercício físico e à promoção da uma boa saúde mental. No entanto, em frequentes casos, pode ser necessário recorrer a medicamentos, que serão escolhidos de forma individualizada.

Deste modo, o que podemos, de facto, fazer para atenuar estes sintomas? 

Ter hábitos alimentares regulares, evitando comer em demasia ou muito tarde e antes de se deitar, é uma das formas de aliviar os sintomas de SII, visto que melhorar o processo de digestão é essencial para diminuir o inchaço, os gases e os outros sintomas que acompanham a SII. Além disso, alguns cuidados adicionais passam por evitar a ingestão de bebidas alcoólicas ou estimulantes, como café e energéticos; optar por alimentos naturais, frescos e não processados; dar preferência a alimentos cozidos ou grelhados; limitar o consumo de fruta a 3 porções por dia; evitar os açúcares e adoçantes, de forma geral, e ajustar o consumo de fibras. A ajuda de um nutricionista pode ser útil no planeamento de uma dieta saudável que promova um alívio dos sintomas.

Também o exercício físico é uma das melhores formas não farmacológicas de controlar os sintomas da SII. Exercícios como caminhadas, aeróbica ou andar de bicicleta podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Adicionalmente, a prática regular de exercício físico diminui a quantidade de cortisol, que é uma hormona relacionada com o stress, e promove a libertação de endorfinas na corrente sanguínea, as chamadas “hormonas da felicidade”. 

Manter o equilíbrio emocional e psicológico é um fator essencial, visto que a SII está muitas vezes associada a fatores psicossociais como stress, ansiedade, trauma ou outras comorbilidades psiquiátricas como a depressão. Muitas vezes, a ansiedade surge devido a pensamentos negativos ou autodestrutivos, que podem ser intensificados pela própria pessoa. Manter o pensamento positivo e realizar atividades que lhe tragam bem-estar e calma podem melhorar a sua saúde mental, no entanto não deixe de procurar ajuda médica especializada caso o entenda. O eixo cérebro-intestino deve ser cuidado em todas as suas vertentes.

Tendo em conta que, em média, a os sintomas da SII ocorrem em 8,1 dias por mês, torna-se fundamental promover a consciencialização desta condição, bem como a sensibilização da população para a mesma, promovendo apoio a todos os que sentem o seu dia a dia condicionado por esta patologia. Por essa razão, a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) tem em curso uma petição pública que visa a instituição do Dia Nacional da Síndrome do Intestino Irritável e que pode ser assinada aqui. 

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