"O risco de osteoporose depende, em parte, de fatores genéticos, e é mais comum entre as mulheres, após os 50 anos e em pessoas de pequena estatura, muito magras ou com familiares que sofreram fraturas ósseas. A par destes fatores não modificáveis, a osteoporose está diretamente relacionada com a perda progressiva de massa óssea, que ocorre em todas as pessoas a partir dos 35 anos", explica António Vilar, médico reumatologista no Hospital Lusíadas Lisboa.

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"Para prevenir esta doença a pessoa deve incluir na sua alimentação alimentos ricos em cálcio como leite, iogurte e queijo; espinafres, sardinhas enlatadas, frutos secos, tofu e sementes de sésamo. ​Mesmo que ingira níveis adequados de cálcio, este não será absorvido pelo intestino nem aproveitado pelos ossos, deverá incluir na alimentação alimentos como salmão, atum, cavala, sardinha, carapau ou gema de ovo", refere o médico.

"As doenças da tiroide, a artrite reumatoide e o uso prolongado de corticoides aumentam o risco de osteoporose. Hábitos tabágicos e consumo de álcool em excesso devem também ser abandonados. As pessoas devem aconselhar-se com o seu médico sobre a possibilidade de tomar suplementos de cálcio e vitamina D ou medicamentos para a prevenção da osteoporose", revela.

Um doença silenciosa

​​​​​​​​A osteoporose afeta a densidade e qualidade dos ossos e é considerada uma doença silenciosa. Esta doença é responsável por 40 mil fraturas ósseas por ano em Portugal, sendo as mais comuns da anca, da coluna e do punho. Em todo o mundo, revela a Fundação Internacional da Osteoporose, as mulheres são as mais afetadas: uma em cada três (30%), face a um quinto dos homens com mais de 50 anos, sofre uma fratura.

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Durante a menopausa, há uma perda acelerada da massa óssea na mulher, sobretudo nos primeiros anos, o que requer algum tipo de tratamento logo numa fase inicial, alerta a Sociedade Portuguesa de Reumatologia. Caso contrário, a descalcificação dos ossos poderá levar irremediavelmente a uma situação de osteopenia ou mesmo de osteoporose.

As fraturas do fémur têm uma mortalidade de quase 25 por cento no primeiro ano, pelo que o risco de uma mulher morrer de fratura da anca é igual ao de morrer de cancro da mama. Havendo formas de tratamento e medidas que podem facilitar a vida de quem é afetado, a prevenção é a opção que melhor garante qualidade de vida e se​ aplica a todas as pessoas, desde a infância.

Estima-se que a cada três segundos ocorra uma fratura osteoporótica em algum lugar do planeta.

A prevenção com a ajuda do sol

O tratamento da osteoporose realiza-se com medicamentos anti-osteoporóticos e só assim é possível reduzir o número de doentes e o número de fraturas. A vitamina D e o sol são um complemento ao tratamento anti-osteoporótico.

Em Portugal, estima-se que haja 10 mil fraturas da anca todos os anos, sendo a lesão mais incapacitante provocada por esta doença, e que representa mais de 100 milhões de euros gastos anualmente.

A vitamina D proveniente do Sol é sintetizada na pele sob a exposição da luz ultravioleta B, mas a capacidade de sintetizar esta vitamina subcutaneamente diminui com a idade.

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