
Quando refletimos sobre os mais recentes lançamentos da Samsung, vem-nos à cabeça aquela música dos Xutos & Pontapés: “De Bragança a Lisboa são nove horas de distância. Queria ter um avião para lá ir mais amiúde”. Os responsáveis de desenvolvimento de produto da marca provavelmente não conhecem esta letra, mas o espírito encaixa no balanço feito durante mais um Unpacked apresentado à imprensa.
É que, se em Portugal ainda demoramos décadas a encurtar distâncias físicas, a tecnologia faz o caminho inverso, avançando a um ritmo mais acelerado. Em 2019, a Samsung deu o primeiro passo nos telemóveis dobráveis com uma proposta ainda em maturação.
Atualmente, sete gerações depois, a evolução é evidente. A forma continua a dobrar-se, sim, mas tudo o resto mudou. O que era uma proposta experimental é agora um equipamento mais sólido e preparado para o dia a dia. Se 2019 ainda parece perto, tecnicamente falando, já estamos longe desse ponto de partida.
Bernardo Cunha, responsável de marketing da Samsung, voltou a apresentar esta nova geração da marca. “As necessidades estão a mudar todos os dias”, afirmou. É essa adaptação constante que justifica o ritmo da inovação. Estes lançamentos representam mais uma etapa num processo que, segundo o próprio, se constrói em duas frentes: a parte técnica, e a que realmente importa:“de que forma pode acrescentar valor e melhorar o meu dia a dia”.
É nesse ponto que a marca reforça a aposta numa tecnologia mais centrada na experiência do utilizador. Porque, no fim do dia, o que interessa é a utilidade prática, mais do que as especificações em si. (Se quiser saber mais sobre a parte técnica, pode ler o artigo do Tek Notícias.)
Galaxy Z Fold: o tablet que cabe no bolso
Se em 2019 o primeiro Fold era uma proposta arrojada, em 2025 surge como um dispositivo robusto para quem vive em modo multitarefa. A nova geração do Galaxy Z Fold chega mais fina, mais leve e mais funcional, incorporando melhorias acumuladas ao longo dos anos.
O ecrã principal tem agora oito polegadas e proporções mais próximas de um tablet compacto, desenhado para quem trabalha entre documentos, chamadas, notas e conteúdos multimédia. Fechado, aproxima-se em formato do Galaxy S25 Ultra, o que facilita a integração no quotidiano.
A bateria permite até 24 horas de utilização contínua em vídeo e o processador é o mesmo do modelo Ultra, o que dá a este Fold um nível semelhante ao topo de gama da marca, num formato diferente.
Também a câmara foi atualizada. A frontal oferece um ângulo de visão 20% mais amplo e maior precisão, enquanto a função de eliminação de objetos em fotos recorre agora a algoritmos mais refinados. A IA da Samsung, Gemini, está integrada, com funcionalidades como sugestões de receitas, organização do dia ou respostas rápidas, aproximando o equipamento da ideia de um assistente digital pessoal.
Galaxy Z Flip7: dobrar para acompanhar a vida (e o estilo)
Se a tecnologia dobra, é para se adaptar. O novo Galaxy Z Flip7 faz precisamente isso: adapta-se à rotina, ao bolso e até à forma como interagimos com o equipamento. O ecrã exterior está maior, mais luminoso e com tecnologia Vision Booster para melhor visibilidade em ambientes exteriores.
Este modelo mantém o foco na estética e na funcionalidade, com autonomia até 31 horas, mais seis horas e meia se considerarmos a autonomia do Flip5. Apresenta-se como uma opção prática para quem valoriza tanto o desempenho como o estilo.
O ecrã principal mantém a aposta na experiência imersiva, mas é no ecrã exterior que a evolução mais se nota: é multimodal, inteligente e com integração com IA.
Durante a apresentação, foi demonstrado um cenário prático: ao planear uma viagem, é possível obter sugestões de organização com base no tipo de bagagem, destino e duração. Segundo os responsáveis da marca, o equipamento está preparado para responder a este tipo de interações.
Outro pormenor: o equipamento reconhece automaticamente o tipo de captura que está a ser preparada — selfie, vídeo ou fotografia com temporizador — com um novo sistema visual em torno da câmara.
Bernardo Cunha resumiu o modelo como “um equipamento que se renovou de A a Z”.
FE: um dobrável mais acessível, mas nada tímido
Pela primeira vez, a gama Z recebe um modelo Fan Edition (FE). Trata-se de uma proposta mais compacta, com um design cuidado, integração com Galaxy AI, e um posicionamento mais acessível em termos de preço.
A dobradiça foi redesenhada para ser mais leve e durável, e uma das camadas do ecrã foi atualizada, reforçando a resistência. Mantém a certificação de durabilidade para até 200 mil aberturas. O sistema de widgets também foi revisto, permitindo maior personalização.
O FE procura ser uma porta de entrada no universo dos dobráveis, equilibrando desempenho e orçamento.
Vamos a números
O novo Galaxy Z Flip7 pode ser pré-encomendado a partir de 9 de julho, com chegada às lojas prevista para 25 de julho. Estará disponível em Azul-Escuro, Preto Noturno, Vermelho Coral e numa versão em Menta, exclusiva para vendas online. Já o Galaxy Z Flip7 FE, estreia-se em preto ou branco, mantendo uma estética mais contida. O Galaxy Z Fold7 segue o mesmo calendário de lançamento e poderá ser encontrado em Azul-Escuro, Cinzento-Escuro, Preto Noturno e, tal como o Flip, numa versão Menta apenas online.
Quanto a preços, o Fold7 começa nos 2169,9€ (256GB), sobe para 2299,9€ (512GB) e atinge os 2599,9€ para quem quiser 1TB de armazenamento. O Flip7 situa-se entre os 1249,9€ (256GB) e os 1349,9€ (512GB). Já o Flip7 FE, mais acessível, surge com 256GB e um preço de 1099,9€.
Durante o período de pré-venda, há ainda campanhas específicas em vigor: duplicação do armazenamento em determinados modelos, 60 dias de teste gratuito no Flip7 (Buy & Try), e um valor de retoma garantido — 200€ no Fold7, 150€ no Flip7 e 100€ no Flip7 FE.
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