O verão traz consigo dias mais longos, praia, sol e atividades ao ar livre, mas, ao mesmo tempo, também acarreta riscos muitas vezes ignorados para a saúde capilar. Para além das agressões externas (como sol, sal, cloro e transpiração), esta estação coincide, por vezes, com comportamentos que fragilizam o cabelo, como dietas restritivas, jejum intermitente (frequentemente mal orientado) e treinos intensivos.

Estas práticas podem originar défices de nutrientes essenciais (como ferro, zinco e biotina), se não forem acompanhadas de comportamentos nutricionais conscientes, que podem comprometer o crescimento capilar e favorecem a queda.

O excesso de exposição solar, descuidos com o cabelo após uma jornada de praia e piscina, utilização de penteados muito tensos (rabo-de-cavalo muito apertado, p.e.), podem impactar negativamente a saúde do couro cabeludo e acelerar quadros de queda.

Acrescente-se o chamado “eflúvio sazonal”, uma queda de cabelo temporária provocada por alterações hormonais e da microbiota do couro cabeludo e percebe-se como o verão pode ser particularmente exigente para o cabelo.

Para proteger a saúde capilar, é essencial manter uma alimentação equilibrada, evitar restrições severas, proteger o couro cabeludo da radiação solar direta, usar produtos adequados, promover uma boa higiene do couro cabeludo e manter uma boa hidratação ao longo do dia.

Sinais de queda acentuada justificam um diagnóstico médico especializado.

O cabelo é um reflexo da saúde geral e, no verão, merece cuidados redobrados.

Um artigo do médico Carlos Portinha, diretor clínico do Grupo Insparya.