Gene Hackman e Betsy Arakawa foram encontrados mortos a 26 de fevereiro de 2025, dentro da casa onde viviam em Santa Fé, no Novo México, Estados Unidos da América.

Mais tarde soube-se que a causa da morte da pianista tinha sido a contaminação pelo hantavírus (causada por contacto com excrementos de ratos) e o ator, que sofria de Alzheimer, morreu dias depois devido a insuficiência cardíaca.

Os contornos desta história sempre foram muito inusitados já que estes estiveram vários dias já mortos sem que ninguém desse por isso. A relação do ator com os filhos não era a melhor e estes não terão direito à sua fortuna. Antes de morrer, o artista definiu Betsy como a única herdeira. Na verdade, o caso é mais complicado, já que os dois nomearam-se como herdeiros um do outro, tal como explicou o advogado David A. Esquibias à revista People.

"Quando existe um casal, focamo-nos sempre em quem morreu primeiro. Como foi a Betsy, ela deixa todo o seu património para o Gene Hackman Living Trust. Ele viveu mais uma semana do que ela, então, teoricamente, fica com a herança da esposa. Assim que Gene morre, o seu fundo vai para quem quer que sejam o beneficiários", disse o especialista.

O casal vivia uma vida mais isolada e a pianista, de 63 anos, tomava conta do marido, que tinha 95 anos.

A revista US Weekly revela agora que foram deixadas dívidas no cartão de crédito. Segundo os documentos que a publicação obteve, Hackman devia mais de 98 mil dólares (84 mil euros) num cartão de crédito do Citibank. Por sua vez, a mulher também não andava a pagar a dívida que tinha ao Bank of America, de 3400 euros.

A execução destes pagamentos não será problema já que, segundo o Daily Mail, Gene deixou uma fortuna de 68 milhões de euros.

Uma tragédia com contornos inusitados

Quando os corpos foram encontrados, a investigação apontava para a data de 11 de fevereiro como o dia da morte da pianista. Mas a verdade é que no dia seguinte Betsy ligou para a clínica Cloudberry Health em Santa Fé, Novo México. Segundo um médico, a pianista "ligou e descreveu alguma congestão, mas não mencionou nenhuma dificuldade respiratória, falta de ar ou dor no peito", sintomas da doença que a matou.