Por ter implícitos movimentos de um grande número de músculos e um alto volume de contrações musculares, a dança é um ótimo exercício para despender calorias e perder gordura a longo prazo. No entanto, não existem propriamente exercícios que façam, intencionalmente e de forma imediata, perder gordura de forma localizada. Embora haja regiões do corpo onde se perde gordura com maior velocidade, esta é uma questão que depende da composição corporal individual.
As danças que promovem um maior dispêndio energético são as que se praticam de forma competitiva, por serem mais exigentes. Os profissionais de dança perdem cerca de 11,3 calorias por cada quilo de peso, em cada hora de prática. Mas, se se habituar a fazer uma pausa e a dançar em casa, entre uma e outra atividade doméstica, também emagrece. Para conhecer os muitos benefícios desta arte e também saber qual é o dispêndio exato de calorias de cada uma delas, clique aqui.
As modalidades mais aconselhadas
Regra geral, as danças com maiores dispêndios energéticos são as danças de discoteca, a polca, o country e a música folk, com 7,8 calorias por cada quilo de peso por hora de prática. A polca é um estilo de dança de origem polaca e o folk abrange danças tradicionais de todo o mundo, incluindo o folclore português. Seguem-se as danças de salão rápidas, com 5,5 calorias por cada quilo de peso, por hora de prática.
As aulas de dança jazz e ballet vêm a seguir, com 5,1 calorias por cada quilo de peso por hora de prática, e, finalmente, a salsa, merengue, flamenco e outras modalidades semelhantes, com 4,5 calorias por cada quilo de peso perdidas, em média, por cada hora de prática. Se multiplicar o seu peso pelos valores referidos, pode ter uma ideia aproximada do dispêndio de calorias por hora de prática.
Ginásio versus escola
A regularidade e o tipo de dança dependem dos seus gostos e objetivos. "Todas as modalidades têm um dispêndio energético moderado, pelo que aconselho a praticar, em média, três vezes por semana", refere Elvis Carnero, fisiologista do exercício. "Quanto ao ginásio ou escola de dança, depende do seu objetivo", afirma o especialista.
"Para aprender a dançar, é mais interessante uma escola, embora muitos ginásios já tenham escolas de dança", sublinha Elvis Carnero. "Se o que quer é fazer exercício, é melhor o ginásio, pois tem, à partida, uma gama maior de atividades e a prescrição do exercício é mais controlada", acrescenta ainda o fisiologista do exercício.
O nível de esforço a ter em conta
Para conseguir resultados, tente sempre fazer um mínimo de três horas de atividade física moderada a alta por semana, quer dançando, quer fazendo outras aulas de grupo ou simplesmente caminhando a ritmo elevado, que a obriga a uma respiração mais forte. Paralelamente, frequente aulas de iniciação à dança de que mais goste.
"Nessas aulas, todas as pessoas têm o mesmo nível e ninguém será diferente de si", sublinha Elvis Carnero. Em caso de dúvida, pesquise na internet para perceber a que mais lhe agrada. "Lembre-se que, normalmente, aprender uma técnica não requer um elevado dispêndio energético nos primeiros tempos", acrescenta o fisiologista.
Revisão científica: Elvis Carnero (fisiologista do exercício)
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