A hidropisia causa retenção de líquidos no organismo, fazendo com que a pessoa fique inchada. Trata-se basicamente de uma acumulação anormal de fluido nas cavidades naturais do corpo ou no tecido celular. O termo pode ser usado como sinónimo de edema. Historicamente, hidropisia designava a causa principal dos edemas generalizados.
A hidropisia é causada por distúrbios na circulação do sangue. Pode ter uma distribuição generalizada, ocorrendo em quase todas as partes do corpo, ou pode ser local, isto é, apresentar-se apenas numa parte do corpo. Esta condição é mais comum no abdómen, no peito, no encéfalo, nos rins, nas pernas e ao redor dos olhos e pode ser reconhecida pela formação de pequenas depressões que persistem quando se faz pressão sobre a parte afetada.
O sistema linfático é um componente essencial da defesa natural do organismo contra as infeções. É parte integrante do sistema circulatório juntamente com o sistema arterial e venoso e tem como função produzir e transportar o fluído linfático (linfa) dos tecidos para o sistema venoso.
Ao mesmo tempo tem uma função importante junto do sistema imunitário, pois colabora com os glóbulos brancos na proteção contra bactérias e vírus invasores.
Para além da linfa, é constituído por vasos semelhantes às veias (os vasos linfáticos), que se repartem por todo o corpo e tem como função recolher o fluido que não retornou aos capilares sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação.
O sistema inclui também vasos mais largos, nódulos ou gânglios linfáticos, o baço, as amígdalas e o timo. Tem a capacidade de drenar os fluidos e proteínas em excesso, para evitar uma retenção, ou seja, provocar o aparecimento de um edema, ao nível dos tecidos.
Contrariamente ao sangue, que é impulsionado pelo bombear do coração, a linfa move-se sem qualquer auxílio. O seu movimento resulta da pressão contínua que se gera à medida que o novo fluido dos tecidos é drenado, para os espaços entre as células, empurrando por sua vez, o fluido que aí se alojava anteriormente.
Possui três funções inter-relacionadas: a remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais; a absorção dos ácidos gordos e a produção de células imunes e protetoras.
A linfa é devolvida ao sangue através da circulação linfática para ser reabsorvido pelo organismo ou eliminado pela urina e suor.
Nem sempre o nosso corpo completa este ciclo de forma natural, surgindo assim situações como a retenção de líquidos, a hidropisia e a acumulação de gordura, contribuindo para pernas cansadas, cansaço, celulite, problemas musculares e articulares, entre outros. A Drenagem Linfática Manual (DLM) é assim a técnica ideal para combater estes problemas.
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Em relação à drenagem linfática a analogia é clara, no entanto é necessário diferenciar os termos drenagem e massagem. A massagem é uma palavra de origem grega e significa “amassar” as diferentes partes do corpo com as mãos, com objetivo de relaxar.
A drenagem linfática ativa a circulação sanguínea, melhora a oxigenação das células, estimula a imunidade, melhora a ação anti-inflamatória, aumenta o potencial reparador das células, e dinamiza os processos catalisadores de uma boa cicatrização dos tecidos.
Bibliografia:“A Drenagem Linfática Manual Clássica”, Marc Peyre e Céline Robert, editora Saúdiforma
Imagem:© Andrejs Pidjass - Fotolia.com
Agradecimentos: Marie-Christine Sansoube da Associação Francesa para o Ensino da Drenagem Linfática Manual e Marlicel, Lisboa
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